Distanciarmo-nos das coisas, das pessoas, do mundano, do dia-a-dia... devolve-nos novas perspectivas quer do mundo que nos rodeia, quer do nosso próprio mundo interior.

A Distância dos problemas que mais nos afectam ou preocupam tornam-se menores e o seu significado e valor têm tendência a desvanecer-se.

O retirarmo-nos do mundo agitado em que vivemos, ainda que temporariamente, devolve-nos um grau mais apurado no que concerne às nossas prioridades. E quanto a mim, isso é positivo e definitivamente importante e essencial para a vida.

O Silêncio imposto pela Natureza ajuda-nos a ver com maior profundidade e através dos olhos do coração aquilo que é de facto imprescindível à nossa vida. Na verdade, precisamos de muito pouco para viver bem.

Regressar às exigências da cidade empresta à palavra "civilização" uma conotação agressiva e pouco apetecível.
Afinal a civilização, encontra-se em puro declínio, pois a essência humana deseja, anseia, mesmo que em silêncio, voltar ao seu estado primitivo, "selvagem", puro, coerente, real.

O Silêncio e a Distância devolveram-me uma vez mais, e desta feita, com maior intensidade, a necessidade de estar em constante interacção com a Natureza e com os seres que nela habitam.

Ante a Natureza, não há necessidade de quaisquer subterfúgios, de fugas inúteis ou de desejos caprichosos, pois ela se encarrega de nos desmontar todos os artifícios, todas as máscaras, todas as artimanhas da mente e todas as confabulações. Ela despe-nos da ilusão e devolve-nos pureza e inocência.

Eva Veigas
Numeróloga Transpessoal
evaveigas@sapo.pt
http://evaeleven.blogs.sapo.pt