Não nos tornamos pessoas melhores ou piores com o passar do tempo. No fundo, somos sempre iguais a nós mesmos. Podemos, em muitos casos, perdermo-nos um pouco (ou muito) de nós, mas mais tarde ou mais cedo voltaremos à primitiva forma, à nossa essência. Somos o que somos, experimentando ser isso: essa essência, revestida de corpo.

Somos essência que cria laços, ou nós, com quem vamos encontrando pelo caminho.

Quem cria laços segue o trilho da vida de forma leve e genuína, pois basta puxar uma ponta e tudo voltará a ser como é, como sempre foi e como sempre será.

Quem cria nós tem muito mais dificuldade em desatá-los, pois haverá sempre alguma coisa a impedir essa essência revestida de corpo, a avançar, a seguir em frente, a fim de cumprir o seu próprio caminho.

Quem cria nós sabe que quando puxa uma ponta cria muitas tensões, emaranhados de linhas que se cruzam entre si formando gigantescos quebra-cabeças, literalmente.

Quebramos a cabeça, usando a mente como meio para resolver o enigma, quando a resolução está no Amor.

Sempre esteve no Amor, sempre está no Amor e sempre lá estará para quem quiser ver, escutar e sentir.

Só o Amor tem a resposta para tudo. Mas este Amor não serve os egos envilecidos, arrogantes, vaidosos, orgulhosos, altivos, impacientes, e assim por diante.

Este Amor serve o Amor, serve quem ama, quem se dá, quem se doa, quem não se sente profanado, magoado, ameaçado.

Num caso ou noutro não há melhor ou pior, há apenas a possibilidade de diante de qualquer circunstância escolher ser isto ou aquilo.

Poderão dizer, mas quem opta por fazer nós, cria dificuldade na sua vida e na dos outros.

Sintam apenas: quem são os outros?

Os outros não são aqueles que também podem escolher entre serem vítimas dos processos alheios ou simplesmente puxar a ponta do laço e seguir em frente

É que se esses outros não conseguem fazê-lo é porque também eles criam nós de dor em vez de laços de amor.

Eva Veigas
Numeróloga Transpessoal
evaveigas@sapo.pt
http://evaeleven.blogs.sapo.pt