Duas lunações: Aquário-Peixes 2022

Entre duas lunações que simbolizam o fim de uma velha era e o início de uma nova, 1 de fevereiro e 2 de março (Aquário/Peixes).
Lunação especial — estou no Cosmo mas de olho na Ucrânia!

Acordai Peixes (humanos), o Ar de Aquário incorporado por Saturno está deveras sufocante!

O Inumano deu lugar, à petulância, à patologia mental, esta presença nos dias de hoje é insustentável e poluente, não só cheira a mofo, como os costumes enquistados e os hábitos cristalizados denotam uma paranoia de quem foi afetado por demência ou por algum tipo de vírus letal!

A ambição de poder representada na conjunção de Marte/Plutão em Capricórnio empurra a tensão da guerra até aos seus máximos limites, nesta quinta-feira veremos as consequências deste esticanço!

Sexta-feira, teremos a conjunção de Sol-Júpiter, altura para entendermos melhor o que está em causa e em jogo e o que se quer negociar — o momento é propício ao armistício.

Úrano entrou em movimento direto em janeiro deste ano e todas as Luas Novas desde aí até abril têm e terão a sua marca.

No dia 1 de fevereiro a lunação de Aquário esteve em quadratura muito estreita a Úrano o seu regente, a de hoje 2 de março temos um sextil de Úrano com um orbe inferior a um grau à lunação a 12º do signo de Peixes, até atingirmos o final deste ciclo na Lua Nova de abril que dará lugar a um forte eclipse solar em plena conjunção com o planeta Úrano em Touro.

O mundo está em evolução/revolução (Úrano) mas também temos em simultâneo o grande movimento de solidariedade a uma escala nunca imaginada representadas pela aproximação de Júpiter a Neptuno em Peixes. E é aí que nos temos de centrar na perceção de que uma boa parte da Humanidade — somos todos um — deve sobressair para que se evite todo o tipo de psicopatologias daqueles que querem mudar o mundo à sua maneira centrados no seu umbigo.

Cada vez mais é fundamental despertarmos a espiritualidade latente em cada um de nós, aquela que procura o melhor em cada um e que não se rege pelos ditames das prepotências seja de indivíduos ou de órgãos governamentais.

É nesse espírito que o povo de raiz lusíada poderá contribuir para a paz no mundo, trazendo à tona a sua visão holística e integradora, exprimindo nas mais diversas áreas aquilo que tem de melhor e à medida que encontre os seus reais valores contidos no interior da sua alma e cultura, mais fácil será cumprir a missão de luzeiro e medianeiro na passagem da velha era de Peixes em processo de diluição, para a alvorada da nova era aquariana expressa pela prefiguração de um novo Homem, pronto a assumir o seu destino como cocriador de uma nova realidade em si mesmo, e assim pelo efeito borboleta, as suas ondas quânticas se espalharão como uma corrente transfiguradora ao longo do mundo.

Para já iremos continuar a navegar pelas ondas piscianas da nossa imaginação, dando continuidade ao canto IX dos Lusíadas, à Mensagem Pessoana, ao V Império de Agostinho para sermos cada vez mais português, isto é mais universais! O sofrimento do povo ucraniano, do povo russo ou de qualquer ser humano é e será também o nosso!

O ser tudo e todos o ser plural como o Universo como glosou Álvaro de Campos, já denotava a essência do espírito português de cariz pisciano aliado à irreverência individual e criativa — o rasgo de Úrano — quanto mais individual mais universal, tal afirmou o poeta.

O V Império espiritual seria na visão de Pessoa e na minha também, a união dos dois hemisférios do cérebro, o intuitivo com o racional, o lógico com o analógico.

A fusão e a síntese do trabalho da energia da era Peixes abrirá o caminho para o futuro do ser humano em Aquário (do sentimento coletivo ao pensamento universal se construirá o andrógeno deste milénio).

Luís Resina
Lx 2-3-22
www.luisresina.com