Começamos o segundo semestre do ano e, tal como eu, acredito que também não deste conta de como o tempo passou. A vida passa como uma flecha; por isso, viver cada momento com consciência pode torná-la mais interessante.

Julho inicia-se com Júpiter em Caranguejo a afastar-se das tensões mais pesadas de Saturno em Carneiro, cuja presença tem sido marcante desde que entrou neste signo. Desde que Júpiter ingressou em Caranguejo, não foi possível sentir plenamente as suas bênçãos, pois Saturno tem impedido que estas se manifestem. Contudo, a partir de julho, vamos começar a ver os nossos projetos avançarem com mais fluidez e os relacionamentos a tornarem-se mais sensíveis e acolhedores. No dia 12, Saturno inicia o seu movimento retrógrado e começa o caminho de regresso a Peixes, para alegria de uns e tristeza de outros. O seu retorno a Peixes acontece a 1 de setembro deste ano.

O mês começa com Vénus nos últimos graus de Touro, unida a Úrano e em excelente aspeto com Plutão em Aquário, mas já no dia 4, inicia a sua travessia por Gémeos, intensificando o bom aspeto com Plutão. Esta combinação deixa-nos mais introspetivos e com uma profunda necessidade de estabelecer vínculos emocionais mais sólidos. Esta energia prolonga-se por alguns dias e é de esperar uma vontade quase incontrolável de mudar a forma como nos relacionamos. Surge uma forte ânsia por novidade, que se introduz nas nossas vidas de forma súbita.

Isto dá-se com o auxílio de Úrano, o planeta mais disruptivo do zodíaco, que entra em Gémeos no dia 7, provocando mudanças repentinas e inesperadas na vida de todos. Úrano atua com uma rapidez extrema, obrigando-nos a deixar para trás tudo o que é velho e a abrir as portas ao novo. Em Gémeos, transforma a forma como comunicamos, movimentamo-nos e utilizamos a energia. Procuramos novas formas de expressar as nossas ideias.

A nível coletivo, Úrano pode provocar abalos importantes para que o novo entre de forma arrebatadora. Podemos vir a enfrentar novos apagões, desta vez mais prolongados e afetando vários países, ou eventos que nos forcem a recorrer a fontes alternativas de energia. Será prudente rezar para que nenhum líder insensato recorra à energia nuclear como solução imediata para alguma crise, ou que não ocorra nenhum acidente como o que vimos em Chernobyl.

A energia de Úrano é drástica, imprevisível, distópica e disruptiva, exigindo mudanças rápidas e irreversíveis. Num signo de ar e mutável como Gémeos, poderemos assistir a transformações profundas na comunicação, na energia, nos transportes (terrestres e aéreos), no ensino e na forma como aprendemos — e tudo isso ocorrerá com a rapidez de um raio. Vale a pena considerar seriamente o kit de emergência para três dias ou mais, como recomendado pela União Europeia. Com Urano em Gémeos, devemos sempre esperar o inesperado.

No dia 12, a Lua Cheia em Capricórnio forma uma tensão com Quíron, obrigando-nos a curar feridas antigas que já não nos servem. Esta lunação remete-nos a temas familiares, mas exige firmeza para organizar o caos e dar início a uma nova etapa. Vale recordar que esta é a exigência de Úrano num signo mutável: experimentar o desconhecido, testar novas possibilidades.

A 18 de julho, Mercúrio inicia o seu movimento retrógrado aos 15 graus de Leão, marcando o início de três semanas de atrasos, mal-entendidos e confusões — tudo aquilo a que já estamos habituados quando este planeta entra em retrogradação. Evita comprar eletrónicos, televisores, automóveis, telemóveis ou computadores neste período, pois existe o risco de adquirires mais problemas do que soluções.

O mês segue com Mercúrio em Leão, Marte em Virgem e Vénus em Gémeos, mantendo a mesma energia que vivemos no passado mês de junho.

No dia 25, a Lua entra na fase Nova nos primeiros graus de Leão e recebe de imediato um aspeto tenso de Plutão em Aquário, indicando um período de cerca de três semanas de tensão, conflitos, pressões e transformações, tanto no plano pessoal como coletivo. Será uma lunação exigente, em que o poder será disputado de forma direta — território a território, com arrogância, autoritarismo e exageros nas ações. Convém lembrar que o ascendente de Donald Trump é Leão — e só Deus sabe o que este “Napoleão contemporâneo” pode fazer. As guerras comerciais já se intensificaram com a entrada de Úrano em Gémeos, e agora podemos esperar medidas drásticas e novos movimentos de guerra no nosso belo planeta — ações levadas a cabo por líderes mundiais pouco confiáveis.

O mês termina com a entrada de Vénus em Caranguejo, a dirigir-se na direção de Júpiter, mas recebendo logo a seguir a tensão de Saturno e Neptuno retrógrados em Carneiro, obrigando-nos a fazer uma avaliação minuciosa dos nossos relacionamentos afetivos — especialmente os mais profundos e significativos. Os primeiros dias de Vénus neste signo podem ser exigentes, mas rapidamente a energia transforma-se com a aproximação a Júpiter e o afastamento de Saturno e Neptuno. Os romances florescem e as relações existentes ganham mais ternura, conforto e afeto.

Julho promete ser um mês intenso, repleto de mudanças inesperadas, com potencial para redirecionar a ordem mundial. Seguimos atentos a estas transformações, que anunciam o início de um novo paradigma pessoal e coletivo.