Só a partir dos 50 anos é que se regista um maior número de pessoas que não consideram difícil desligar-se das redes sociais, comparativamente com os que têm esta dificuldade mesmo sabendo que estão numa situação em que deveriam fazê-lo.

Ainda assim, o grupo dos 50-59 anos regista 23% de pessoas com dificuldade em abstrair-se da tecnologia. Segundo a GfK, este indicador vem mostrar que os comportamentos antes atribuídos aos grupos mais jovens, como os millennials, trespassam hoje a maioria da população.

O grupo etário mais jovem que foi estudado – 15 a 19 anos – é o que tem a maior percentagem de pessoas (44%) a afirmar ser difícil deixar as redes sociais. Neste grupo apenas 11% declara não ter essa dificuldade.

Em termos de género, praticamente não há diferença, ou seja, 33% dos homens e 35% das mulheres consideram ser difícil desconectarem-se.

Este estudo foi realizado em 17 países: Argentina, Austrália, Bélgica, Brasil, Canada, China, França, Alemanha, Itália, Japão, México, Holanda, Rússia, Coreia do Sul, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos.

Os resultados globais indicam que 34% da população do conjunto destes 17 países considera ser difícil colocar de lado o telemóvel, computador ou tablet e apenas 16% considera o contrário.

Em termos da análise por países verifica-se que os países onde a utilização da tecnologia está mais avançada, em particular o Japão e a Coreia do Sul, são aqueles onde a adição, no sentido de sentir dificuldade em desligar-se, mesmo quando o devia fazer, apresenta níveis menores. Estes países estão acompanhados pela Alemanha e Holanda. No extremo oposto, onde parece haver maior adição, estão países como a China, Brasil, Argentina e México. Esta percentagem varia entre 43% e 38% da população, neste quarteto de países.

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