Estudo do Instituto Nacional de Cardiologia Preventiva (INCP) realizado na Área Metropolitana de Lisboa revela que a maioria dos adolescentes fumadores, dos 12 aos 18 anos, é feminina.<(p>
Estes dados, divulgados a propósito do Dia Mundial do Não Fumador, que se assinala na terça-feira, confirmam a tendência de crescimento do tabagismo entre as jovens portuguesas, que aumentou 11 por cento em 2008, quando o registo da década de 80 revelava um crescimento de apenas cinco por cento.
Paulo Vitória, do Departamento de Promoção da Saúde e Prevenção das Doenças Não Transmissíveis do INCP, sublinhou à agência Lusa que o aumento do número de jovens fumadoras aponta para “uma realidade muito preocupante”, porque “a mulher é mais vulnerável aos efeitos nocivos do tabaco”.
Os riscos do tabagismo nas jovens portuguesas são maiores do que nos fumadores do sexo masculino, porque, frisou o clínico do INCP, “as mulheres apresentam maior risco de cancro do pulmão, doença cardio-vascular e doença respiratória-crónica”.
Os comportamentos tabagistas nas mulheres provocam ainda “graves implicações na fertilidade e na gravidez”.
Paulo Vitória acentua a existência da Lei Antitabagismo, em vigor desde Agosto de 2007, mas realçou que “a escola preocupa-se como a lei é implementada e não em trabalhar diretamente com os jovens”.
Por isso, a Linha SOS – Deixar de Fumar, do INCP, vai realizar uma investigação para aprofundar os comportamentos tabagistas nas mulheres portugueses, estudo que decorrerá até junho de 2014.
30 de Maio de 2011
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