O cérebro das mulheres reage mais activamente quando exposto a comida do que o dos homens, sendo esta uma das razões pela qual existem mais mulheres obesas do que homens.

A conclusão é de um estudo norte-americano publicado pela Academia Nacional das Ciências. Segundo divulga a agência Lusa, o estudo, liderado pelos investigadores Gene-Jack Wang do Laboratório Nacional de Brookhaven e por Nora Volkow, directora do Instituto Nacional de Toxicodependência, sugere que as mulheres terão menos capacidade que os homens de suprimir a fome.

Os investigadores realizaram desempenhar monitorizações ao cérebro de 13 mulheres e 10 homens em jejum, quando descobriram um sinal diferente no cérebro das mulheres quando exposto à sua comida preferida.

Mesmo usando a técnica de inibição cognitiva, utilizada para suprimir o pensamento em comida e fome, a parte do cérebro que responde à comida da mulher continuou activa, enquanto que a do homem diminuiu.

«A diferença de género é algo surpreendente e as necessidades nutricionais podem ser responsáveis por tal», explicou Nora Volkow. Além disso, «o facto do papel tradicional da mulher ser o de fornecer comida às suas crianças pode ser um estímulo no cérebro da mulher para consumir os alimentos quando disponíveis», acrescenta.

Eric Stice, perito em distúrbios alimentares, classificou a descoberta de provocativa, afirmando que a diferença poderá estar relacionada com a diferença de estrogénio e hormonas entre homens e mulheres, refere a Lusa.

Em 2006, 35,5 por cento das mulheres norte-americanas eram obesas, contra 33,3 por cento dos homens, segundo dados dos centros de controlo e prevenção de doenças dos Estados Unidos.

20 de Janeiro de 2009

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