Um estudo americano sugere que as expressões faciais utilizadas para demonstrar emoções são inatas ao ser humano, e não aprendidas ao longo da vida como se acreditava.
Segundo avança a BBC, os cientistas da Universidade de São Francisco analisaram 4.800 fotografias de atletas de judo cegos e com visão normal tiradas em cerimónias de entrega de medalhas.
Segundo os pesquisadores, tantos os atletas com deficiência visual como os de visão normal exibiam as mesmas expressões faciais quando chegavam em primeiro lugar.
Expressões faciais bastante similares também foram observadas entre os que perderam as competições. Conclui o estudo que os vencedores mostravam frequentemente uma alegria natural com a vitória.
Já os que ficaram em segundo lugar curvavam o lábio inferior para cima ou produziam um “sorriso social”, que envolve apenas um movimento da boca indicando mais superficialidade do que espontaneidade.
«Isto sugere que algo genético é a fonte das expressões faciais de emoção», disse o autor do estudo, professor Matsumoto, à BBC.
«A correlação entre as expressões faciais dos indivíduos de visão perfeita e as dos deficientes foi quase perfeita».
Ainda segundo Matsumoto, o “sorriso social” ou a curvatura dos lábios para demonstrar emoções negativas pode ter sido um mecanismo desenvolvido pelos humanos ao logo da evolução para evitar gritos, ataques corporais ou ofensas. A pesquisa foi publicada no “Journal of Personality and Social Psychology”.
30 de Dezembro de 2008
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