O tribunal federal de justiça examinará possíveis falhas processuais, disse uma porta-voz do tribunal em comunicado.
Até a análise, o veredicto é "não vinculante".
Um representante da parte civil também recorreu, acrescentou a porta-voz.
Irmgard Furchner, de 97 anos, foi condenada a 20 de dezembro a dois anos de prisão com pena sob "sursis" em um dos últimos julgamentos contra o nazismo na Alemanha.
Ela é acusada de cumplicidade em mais de 10.000 assassinatos no campo de Stutthof, na atual Polónia. Ela era julgada desde setembro de 2021.
A sentença seguiu o pedido da acusação, que tinha destacado o "excepcional significado histórico" deste julgamento, com uma sentença acima de tudo "simbólica".
Os seus dois advogados tinham pedido o arquivamento do caso. Segundo eles, o julgamento não mostrou que ela tinha conhecimento dos assassinatos sistemáticos em Stutthof.
O tribunal considerou, no entanto, que "o cheiro dos cadáveres era onipresente" e é "inimaginável que a acusada não se tivesse dado conta" do sucedido.
Furchner disse que "lamentava tudo o que aconteceu" e que "se arrependia de ter estado em Stutthof naquele momento".
A ré, que à época dos factos tinha entre 18 e 19 anos, trabalhava como datilógrafa e secretária do então comandante do campo, Paul Werner Hoppe.
Em Stutthof, um campo perto de Gdansk, então Danzig, onde cerca de 65.000 pessoas morreram. Judeus, polacos e prisioneiros de guerra soviéticos foram sistematicamente assassinados.
Comentários