Todos já tivemos um aparelho eletrónico que deixou de funcionar e cujo arranjo não compensa ou que simplesmente já estava na altura de substituir. Mas o que fazer com esse equipamento depois? A resposta óbvia seria pô-lo no lixo. Afinal, se já não funciona, o que pode acontecer, certo? Nem por isso.

Há inúmeras razões para um aparelho eletrónico deixar de funcionar. Desde a bateria ao ecrã, há múltiplas formas de um computador ou um telemóvel parecerem inutilizados, mas que não afetam em nada as informações que contêm. O facto de não conseguirmos aceder não quer dizer que outros não consigam.

Ao deitar fora um computador, pode estar, inadvertidamente, a entregá-lo a alguém cujas intenções não são as melhores e que pode recuperar todas as suas informações, desde e-mails, passwords, fotografias e outras informações, pessoais ou profissionais, o que, nas mãos erradas, pode ter consequências desastrosas. Numa altura em que temos “a nossa vida toda num telemóvel/computador”, uma pessoa com conhecimentos suficientes consegue aceder com relativa facilidade ao seu e-mail, às suas fotografias e até ao seu homebanking.

Já várias pessoas e empresas deram desta forma, inadvertidamente, acesso a informações que se queriam confidenciais e, nos piores casos, perderam avultadas somas de dinheiro, seja por dar acesso às suas contas ou para resgatar dados que não queriam ver tornados públicos.

Então tenho de guardar os meus equipamentos antigos?

Não. Também não é necessário tornar a casa num armazém de equipamentos sem uso algum. O ideal, antes de deitar fora qualquer equipamento, é formatar o disco ou, caso não tenha conhecimentos para o fazer, levá-lo a um centro especializado para apagar quaisquer dados que possam ter restado.

Assim, mesmo que alguém mal-intencionado se apodere do seu equipamento descartado, não conseguirá  aceder a nenhuma informação pessoal, garantindo que os seus dados ficam, assim, protegidos.

E depois disso?

Depois disso, pode deitar fora o equipamento… Ou doá-lo para outro fim. Das iniciativas de que mais me orgulho em 2024 foi termos iniciado um programa de reabilitação de material informático na CompuWorks, em conjunto com alguns parceiros, através do qual recebemos, limpamos, arranjamos e doamos a instituições que deles precisam e onde fazem toda a diferença no dia a dia de crianças desfavorecidas.

Um artigo de Ricardo Teixeira, CEO da CompuWorks.