Quase todos os meses nascem novas ciclovias por todo o país. Na capital, as redes de aluguer de trotinetas elétricas continuam a emergir e as bicicletas partilhadas ganham força num mercado em crescente expansão. Mas haverá segurança? E os peões estarão em risco? Os mais idosos sentir-se-ão confortáveis nas ruas?
João Pedro Barreto da MUBi e Paulo Fonseca, da Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP), esclareceram em direto esta terça-feira, dia 16 de abril, algumas dúvidas sobre os novos desafios da mobilidade urbana.
Seis meses depois da entrada em Lisboa, já há mais de 4000 trotinetas elétricas a circular por toda a capital. A Polícia de Segurança Pública (PSP) aumentou a fiscalização a este tipo de velocípedes (categoria onde também se inserem as bicicletas partilhadas Gira). Uma das últimas ações de fiscalização a velocípedes culminou em 70 multas cobradas a condutores devido a "contra-ordenações diversas".
A PRP considera que a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, autarquias e polícias têm a responsabilidade de promover "a correta utilização das trotinetas na via pública, que têm um regime idêntico aos das bicicletas.
José Miguel Trigoso, presidente da PRP, defende que é necessário "promover uma correta utilização" das trotinetas, tendo em conta que este tipo de veículos pode ser “uma boa ajuda à resolução dos problemas de mobilidade urbano”.
No entanto, afirmou que este tipo de veículos está regulamentado com um regime de circulação igual ao das bicicletas. "As trotinetas têm de cumprir as mesmas normas que os ciclistas. Isso significa que não podem andar no passeio, não podem transportar um passageiro, têm de obrigatoriamente utilizar as ciclovias, quando existem, e têm de cumprir as normas impostas aos ciclistas para circular na estrada", sublinhou.
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