
Diz-se que o beijo é o gesto mais universal de afeto. Pode ser romântico, fraterno ou até protocolar. Mas, por que razão se assinala o Dia Internacional do Beijo, a 13 de abril? Mais do que um pretexto para beijos apaixonados ou emojis com coração, é também uma homenagem a uma das expressões humanas mais antigas e, sem dúvida, populares.
A origem exata do Dia do Beijo é incerta, mas acredita-se que está ligada à cultura popular e à celebração do gesto em si. Há quem aponte o Reino Unido como o berço da data, que terá surgido para celebrar o beijo mais longo do mundo. Registado por um casal tailandês, Ekkachai e Laksana Tiranarat, estes venceram um concurso, em 2013, que durou 58 horas, 35 minutos e 58 segundos, segundo o Guinness World Records.
Outros referem que é simplesmente uma forma de promover afeto, intimidade e conexão. Especialmente agora se pensarmos que no mundo que nos rodeia a correria do dia a dia por vezes nos distancia de gestos simples.
Estudos apontam que beijar fortalece o sistema imunitário, liberta endorfinas e reduz o stress. Do ponto de vista cultural, é talvez o gesto mais transversal da história da humanidade: um sinal de amor, desejo, cumplicidade ou até despedida. Por isso, podemos considerar que este dia não é apenas uma celebração do romance, mas sim a celebração da proximidade e ligação entre pessoas.
Os beijos mais icónicos da história: da arte ao ecrã, os que nunca se esquecem
Se há gestos que valem mais do que mil palavras, o beijo é um deles. Um simples toque de lábios pode marcar o início de uma história de amor, selar um reencontro, ou tornar-se símbolo de uma época. Ao longo da história — da arte ao cinema, da fotografia à vida real — houve beijos que ficaram para sempre na memória coletiva. Neste dia celebramos os mais icónicos.
Beijos de cinema que ficaram para sempre
"E Tudo o Vento Levou" (1939)
Rhett e Scarlett protagonizam um beijo apaixonado e conflituoso, símbolo do romance tempestuoso e do glamour da Era Dourada de Hollywood.

"Casablanca" (1942)
Rick e Ilsa. Paris. A guerra. A despedida. Um beijo para a eternidade e uma frase que continua a ecoar: "We'll always have Paris."

"Titanic" (1997)
Na proa do navio, com os braços abertos e o vento a soprar, Jack e Rose partilham um beijo que é, ainda hoje, um dos mais românticos do cinema.

"Homem-Aranha" (2002)
O beijo ao contrário, com Peter Parker de cabeça para baixo e Mary Jane na chuva, tornou-se instantaneamente lendário — inesperado, cinematográfico e inesquecível.

"Diário da Nossa Paixão" (2004)
O reencontro molhado entre Noah e Allie é um tributo ao amor que resiste ao tempo. Um beijo com chuva, lágrimas e intensidade — como manda o clássico.

Beijos que marcaram a História (literalmente)
"O Beijo" de Klimt (Por volta de 1907)
Nesta obra-prima do simbolismo vienense, Gustav Klimt retrata um casal envolto em ouro e ternura. Um beijo artístico, quase sagrado, que paira entre o desejo e o sonho.

Beijo de Brancusi (Por volta de 1907)
Na escultura modernista de Constantin Brancusi, dois rostos fundem-se num beijo eterno. Um símbolo de amor primordial e absoluto.

O Beijo de Times Square (1945)
Um marinheiro beija uma enfermeira para celebrar o fim da Segunda Guerra Mundial. Captado pelo fotógrafo Alfred Eisenstaedt, tornou-se o símbolo da vitória e do alívio de uma nação.

Brejnev e Honecker, Muro de Berlim (1979/1990)
Mais do que um gesto fraterno entre líderes comunistas, o beijo entre os líderes da URSS e da RDA ficou eternizado num mural no Muro de Berlim. “My God, Help Me to Survive This Deadly Love” de Dmitri Vrubel, pintado em 1990, é uma reinterpretação real do beijo que aconteceu em 1979 e tornou-se uma das imagens políticas mais provocadoras e icónicas da Guerra Fria.

John Lennon e Yoko Ono (1980)
Captado por Annie Leibovitz, o beijo entre o músico e a artista transformou-se numa fotografia icónica — símbolo de intimidade e de paz, tirda poucas horas antes do assassinato do músico.
Beijos que incendiaram o palco
Madonna, Britney e Christina nos MTV VMAs (2003)
Três gerações do pop unidas num beijo provocador. Madonna, no centro, selou o momento com Britney Spears e Christina Aguilera — e o mundo falou disso durante semanas.

E o mais doce de todos
"A Dama e o Vagabundo" (1955)
Dois cães partilham um prato de esparguete. Os focinhos encontram-se, os olhos brilham e o mundo suspira. Um beijo simples, mas perfeito — e que ninguém esquece.

E se o beijo tivesse cor? Os batons mais icónicos de sempre
Se há um gesto que simboliza o amor, a revolução ou simplesmente o prazer da vida, esse gesto é o beijo. E se há produto de beleza que lhe dá protagonismo, é o batom. Ao longo das décadas, alguns tornaram-se símbolos culturais, tão inesquecíveis quanto os lábios que vestiram.
Chanel Rouge Coco

Ano de lançamento: 2010 (mas inspirado nos primeiros batons criados pela maison)
O Rouge Coco é uma homenagem direta a Gabrielle “Coco” Chanel, e representa o refinamento e a simplicidade sofisticada da casa francesa. Mais do que maquilhagem, é uma declaração de estilo com alma parisiense. A fórmula cremosa foi pensada para hidratar os lábios ao longo do dia, sem sacrificar a cor. Os nomes dos tons homenageiam pessoas importantes na vida de Coco, como “Gabrielle”, “Arthur” (Boy Capel) ou “Adrienne” (a sua tia). É o batom de quem quer elegância sem esforço.
MAC Ruby Woo

Ano de lançamento: 1999
Provavelmente o batom vermelho mais famoso do mundo. Lançado como parte da linha Retro Matte, Ruby Woo tornou-se um culto quase instantâneo — conhecido pelo seu tom vermelho vibrante de base azul (que favorece todos os tons de pele) e pelo acabamento ultra matte. Beyoncé, Rihanna e Taylor Swift são apenas algumas das fãs declaradas. O seu único “contra”? É tão matte que pode ser seco nos lábios… mas, para muitas, vale tudo por aquele vermelho absolutamente icónico.
Dior Rouge 999

Ano de lançamento: Originalmente nos anos 1950, reinventado e relançado ao longo dos anos
Dior 999 é o batom mais clássico da casa Dior e tem uma história cinematográfica. Christian Dior lançou em 1953 os tons “9” e “99”. Décadas mais tarde, estes dois vermelhos fundiram-se num só — o 999 — que simboliza o glamour eterno. A textura é cremosa, a pigmentação perfeita, e o design da embalagem, um objeto de desejo. É o vermelho do tapete vermelho.
YSL Rouge Pur Couture No. 1 Le Rouge

Ano de lançamento: 1979
O Rouge Pur Couture foi a resposta de Yves Saint Laurent à mulher confiante e emancipada. O tom nº 1 é um vermelho profundo, com acabamento acetinado, que combina pigmentação intensa com conforto nos lábios. O batom tornou-se rapidamente um best-seller mundial e ainda hoje é visto como o batom do poder: uma arma de sedução e empoderamento, como o próprio Saint Laurent o via.
Givenchy Le Rouge Interdit Intense Silk

Ano de lançamento: Le Rouge original em 2013; a versão Intense Silk, em 2022
Este batom representa o cruzamento entre a alta-costura e a beleza. A embalagem, forrada a pele, faz dele um verdadeiro acessório de moda. A nova fórmula “Intense Silk” oferece cor vibrante e textura confortável com acabamento luminoso — uma reinterpretação moderna da sofisticação clássica da Givenchy. O nome “Interdit” (proibido) é uma piscadela ao primeiro perfume da marca, criado nos anos 50 para Audrey Hepburn.
Revlon Super Lustrous – Fire & Ice

Ano de lançamento: 1952
Um ícone do pós-guerra, Fire & Ice é mais do que uma cor, é uma atitude. A campanha de lançamento foi revolucionária, com o slogan “Are you made for Fire & Ice?” (Foste feita para o Fogo e o Gelo?, em tradução livre) e um quiz destinado a mulheres ousadas, modernas e seguras. O tom vermelho coral com subtom frio foi pensado para realçar a sensualidade e carisma da mulher dos anos 50. Desde então, é relançado regularmente e continua a ser um clássico acessível, fiel ao seu legado de feminilidade destemida.
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