Tudo começou quando ambos se conheceram durante uma caminhada na montanha. «Ele estava com a sua máquina a tirar algumas fotografias e eu levava algumas telas e um cavalete para pintar», recorda Hank Schmidt in der Beek, o artista plástico que, um dia, se cruzou com o fotógrafo Fabian Schubert. Do encontro resultou aquilo que descrevem como uma apreciação da alegria sentida no momento da criação de arte.
«É uma reflexão concetual e visual sobre a pintura no retrato. Um pintor numa paisagem anteriormente pintada numa fotografia e um padrão de uma camisa pintado como de uma foto se tratasse», conta o parceiro do pintor no projeto. Nomes como Monet, Van Gogh, Gauguin, Hockney, Hodler, Kandinsky e Cézanne já foram homenageados por Hank Schmidt Em Der Beek de uma forma, no mínimo, original.
O projeto de nome «Und im sommer tu ich mal», que se traduz literalmente por «E, no verão, eu pinto» em português, acaba por funcionar como um tributo divertido à pintura modernista e à arte concetual. Mas, em vez de replicar as obras dos grandes mestres nos muitos lugares por onde já passaram, Hank Schmidt in der Beek pinta o padrão da camisa ou da camisola que usa no momento e Fabian Schubert fotografa-o.
O resultado das deambulações bem-humoradas da dupla de amigos na Europa já foi compilado em livro. A obra, publicada pela editora Edition Taube, reúne algumas das melhores imagens registadas pelo fotógrafo. «Confrontado com a imensidão das montanhas e com a pequenez das minhas telas, decidi pintar o que me está mais próximo em vez do que é imenso e gigantesco», justificou já publicamente o pintor.
Texto: Eva Falcão
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