O dia 2 de fevereiro de 2017 é uma data com bastante significado na vida de Cassandra de Pecol. Após 18 meses de viagens, a exploradora americana conseguiu concretizar um sonho antigo: destronar Yili Yiu e entrar para o livro do Guiness como a mulher mais rápida a visitar todos os países do mundo.
“Sinto-me honrada em saber que o Iémen foi o último país do #Expedition196. O mais desafiante de todos mas o mais gratificante. Sem medos, sem arrependimentos, apenas respeito, aceitação e amor”, escreveu a jovem na rede social Instagram sobre o fim desta jornada que durou um ano e meio.
Recorde-se que tudo começou a 24 de julho de 2015. Após traçar uma rota, Cassie partiu dos Estados Unidos até à República do Palau, na Micronésia, onde deu início à aventura de uma vida: visitar 196 países em menos de três anos e três meses. Um sonho que começou após ter ido estudar Relações Internacionais para a Costa Rica e que só tomou forma após completar 25 anos.
“Escolhi viver a minha vida de forma única. Adotar um estilo de vida simples e icónico onde faço aquilo que quero, quando me apetece e com o intuito de inspirar aqueles com que me vou cruzando”, pode ler-se no site oficial do seu projeto intitulado Expedition 196.
De forma a registar esta aventura, Cassie decidiu criar esta plataforma online que no fundo funcionou como uma espécie de diário de viagem onde foi dando conta do seu progresso e partilhava algumas das experiências vividas.
Para além do disto, outros dos seus objetivos sempre foi viajar como uma ‘cidadã global’, usando esta aventura como forma de promover a paz através do turismo sustentável.
“Pessoalmente gosto de encontrar sítios, locais, culturas e ambientes inspiradores em países que precisam de turismo”, referiu num vídeo colocado no site do seu projeto patrocinado pelo International Institute of Peace through Tourism (IIPT)
Enquanto Embaixadora da Paz do IIPT, Cassie aproveitava alguns dos locais do seu itinerário para dar palestras em Universidades e encontrar-se com figuras importantes para questões relacionadas com este tema.
Por cada país que visitou, onde o tempo médio de estadia podia prolongar-se até quatro dias, Cassie deveria cumprir três objetivos: descobrir pelo menos dois locais que não sejam atrações turísticas, encontrar-se com figuras importantes e estudantes, e em último lugar recolher amostras de água entregues a uma organização não-lucrativa que irá analisar a presença de plásticos nos oceanos.
“Os meus planos estão constantemente a mudar devido aos vistos, reuniões, ao facto de querer ficar mais ou menos tempo num país ou caso precise de fazer uma pausa”, referiu De Pecol em entrevista ao site de viagens Lightfoot Travel.
Apesar de estar longe da família e dos amigos, a jovem exploradora revelou que as redes sociais foram uma ajuda preciosa na hora de matar as saudades daqueles que mais gosta. Apesar das dificuldades que encontrou ao longo do caminho, Cassie referiu que esta foi uma experiência de descoberta interior que deveria ser vivida por mais mulheres, deixando a seguinte mensagem.
“Dêem o salto. Encontrem conforto na solidão, desta forma vão aprender muito sobre vocês”, rematou.
Apesar desta aventura ter chegado ao fim, Cassandra já tem outros planos na calha. Para além da expedição que vai fazer pela Antártida, a exploradora vai assumir o papel de professora brevemente.
“Em junho, vou lançar um curso que vos vai ensinar a melhor forma de recolher os fundos necessários para a vossa viagem e começar a vossa aventura, ao mesmo tempo que ajudam o mundo a tornar-se um lugar melhor”, anunciou nas redes sociais.
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