“A França vai organizar nos próximos meses um evento semelhante ao que fizemos pela biodiversidade no início do ano, ou seja, uma ‘Cimeira One Ocean’, que consistirá em reunir cientistas, agentes económicos e atores regionais e as Nações Unidas numa mesma mesa”, disse o chefe de Estado francês à imprensa, poucas horas antes do seu discurso no congresso mundial da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), que vai decorrer em Marselha, a segunda maior cidade da França.
“Vamos organizar a cimeira em França, entre o final deste ano e o início do próximo, em Paris ou noutra cidade da França”, disse.
Esta cimeira servirá, segundo Macron, para “lançar iniciativas em matéria de investigação, de jurisdição internacional e para complementar legislação internacional que permita proteger este espaço”.
Questionado sobre a eficácia frequentemente criticada de tais cimeiras, o Presidente francês garantiu que a reunião será eficaz.
“Será eficaz porque a chave é a cooperação europeia e internacional. Um país por si só não é eficaz, é necessário fazer progressos pelo menos a nível europeu e sobre certas questões a nível mundial”, afirmou.
Uma Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos está agenda para 2022 em Lisboa, tendo sido adiada um ano devido à pandemia de covid-19.
Durante o passeio pelas Calanques, no seu terceiro dia de visita a Marselha, o Presidente francês foi questionado sobre o flagelo dos plásticos no mar e a proteção da biodiversidade.
De regresso a terra, disse querer multiplicar “por 25 as zonas marítimas com forte proteção”.
Emmanuel Macron vai inaugurar hoje o congresso mundial da maior organização para a proteção da natureza, o IUCN, que visa dar um impulso à defesa do planeta e contrariar o colapso da biodiversidade.
Cerca de um milhão de espécies animais e vegetais estão atualmente ameaçadas de extinção, de acordo com especialistas da ONU, que alertaram em 2019 que a natureza “está a diminuir mais rapidamente do que nunca na História humana”.
Comentários