“A COVID-19 continuará a ser um desafio com o qual teremos de aprender lidar, pelo menos enquanto não for encontrada uma vacina, pelo que as cidades terão de se adaptar gradualmente para retomar a atividade social e económica, sem descurar as devidas precauções e mantendo o distanciamento social, questão especialmente complicada quando falamos da utilização de transportes públicos”, explica a deputada Inês de Sousa Real.
Por este motivo, o Grupo Municipal do PAN defende que deve existir um incentivo e uma maior aposta nos modos de mobilidade suave existentes na cidade, o qual deve passar pela isenção de pagamento da rede de bicicletas GIRA até ao final do ano, sem prejuízo de renovação caso não seja declarado o fim desta crise sanitária, uma vez que as bicicletas promovem o distanciamento social e previnem a lotação dos restantes meios de transporte.
O PAN Lisboa questionou ainda a Câmara Municipal se já está a ser articulado com a Direção Geral de Saúde a definição das regras adequadas de afastamento e de utilização destas bicicletas comunitárias, bem como das ciclovias no geral, para que os utilizadores deste meio de transporte possam ser corretamente informados e protegidos.
Para além da saúde pública, sendo indiscutível o contributo positivo que estes modos de mobilidade suave têm para a proteção ambiental, o Grupo Municipal do PAN defende ainda que a Câmara Municipal deve promover a inclusão deste sistema de transporte no passe metropolitano (18 municípios), pois a sua integração, com preços mais acessíveis, contribuirá para uma maior utilização, em detrimento do transporte individual.
“Devido às medidas de restrição impostas à mobilidade dos portugueses, verificou-se uma acentuada melhoria na qualidade do ar na cidade de Lisboa, com a poluição em queda. Apesar deste momento difícil que vivemos, devem ser incentivadas novas políticas que ajudem a salvaguardar a saúde pública e ao mesmo tempo a promover um planeamento urbano mais sustentável, onde as ciclovias e a bicicleta devem assumir um papel cada vez mais preponderante, questão que foi aliás sempre defendida pelo PAN na Assembleia Municipal de Lisboa”, remata a deputada Inês de Sousa Real.
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