Os novos uniformes da easyJet são feitos com garrafas de plástico reciclado, muitas delas recolhidas das praias e dos oceanos. Para além do material reaproveitado, as novas fardas dos pilotos e dos assistentes de bordo da companhia aérea britânica são confecionadas com recurso a fontes de energia renováveis. "Fabricado pela [empresa] Northern-Ireland e criado com um material exclusivo de alta tecnologia, irá começar a ser utilizado este mês", anunciou ontem a easyJet em comunicado de imprensa.
Na confeção de cada fato, são utilizadas, em média, 45 garrafas de plástico. Uma opção que reduz a pegada de carbono em 75% em comparação com o poliéster tradicional. "Com esta implementação em toda a companhia aérea, estima-se que se evite que cerca de meio milhão de garrafas de plástico acabem todos os anos sob a forma de resíduos na terra e no mar", anuncia. O tecido agora usado foi testado pela primeira vez no ano passado com o intuito de analisar a sua performance em ambiente de cabine.
"Em comparação com a alternativa não reciclada, este fato é mais resistente à abrasão e proporciona ainda mais elasticidade, facilitando o ajuste e proporcionando mais conforto e durabilidade, reduzindo a necessidade de produzir grande quantidade de uniformes a longo prazo. Paralelamente, a companhia está a substituir a utilização de plástico incorporado nos uniformes por materiais recicláveis e biodegradáveis, nomeadamente através da substituição das tiras de colarinho [de plástico] por tiras de cartão reciclável e da troca dos clipes de plástico das camisas para clipes de metal. Com o objetivo de reduzir o plástico a bordo, a easyJet está também a reduzir a utilização do número de artigos descartáveis desta natureza nos seus voos", revela ainda a transportadora.
Só o ano passado, a companhia área removeu mais de 27 milhões de artigos individuais de plástico da operação de retalho e nunca usou palhas de plástico. "Além disto, a transportadora também oferece um desconto em bebidas quentes para os clientes que tragam o seu copo reutilizável", informa ainda. Numa altura em que as alterações climáticas se fazem sentir um pouco por todo o planeta, o setor da aviação, um dos mais poluentes, procura adotar estratégias para minimizar os impactos da sua ação.
A Air France anunciou, no final de julho, a chegada do primeiro dos 60 aviões Airbus A220 que vão reforçar a sua frota. A nova aeronave consome 20% menos combustível e reduz a pegada de ruído em 34%. "Vai desempenhar um papel decisivo na realização dos objetivos da companhia em termos de desenvolvimento sustentável, incluindo a redução de 50% nas emissões de dióxido de carbono em termos absolutos na rede doméstica com partida de Paris-Orly e entre regiões até 2024", revela a Air France em comunicado.
Em abril, a KLM também anunciou a renovação das cabines de 14 aviões Boeing 737-800. A redução de 700 quilos permite uma redução total anual de 812 toneladas de combustível e de 2.576 toneladas de emissões de dióxido de carbono. A Transavia France, que também opera em Portugal, anunciou, em novembro, o uso da OptiDirect, uma solução desenvolvida em parceria com a Safety Line que disponibiliza atalhos de navegação aos pilotos durante os voos para reduzir consumos e emissões poluentes.
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