“Com o aumento das temperaturas mundiais, as vagas de calor e os períodos quentes tornam-se mais frequentes e mais intensos, e tal não se limita apenas aos meses de verão”, afirmou, em declarações à agência noticiosa AFP, Freja Vamborg, cientista do Serviço de Monitorização das Alterações Climáticas do Copernicus, assinalando que “os invernos estão a ficar mais quentes em resultado do aumento global das temperaturas”.
De acordo com Vamborg, “o aquecimento é mais acentuado no inverno” no norte da Europa e “mais evidente no verão” no sul do continente.
O Serviço de Monitorização das Alterações Climáticas do Copernicus é um dos seis serviços de informação temáticos do programa de Observação da Terra da União Europeia, o Copernicus.
Segundo este serviço, que divulgou dados climáticos de 2022, o ano passado foi o segundo ano mais quente na Europa, depois de 2020, com todo o continente, à exceção da Islândia, a registar temperaturas acima da média para o período de referência de 1991-2020.
O verão de 2022 foi o mais quente, depois do de 2021, e o inverno, em que as temperaturas estiveram cerca de 1ºC acima da média, foi um dos 10 mais quentes.
Na Europa, ondas de calor “prolongadas e intensas” afetaram as regiões Norte e Ocidental.
Após as canículas do verão, combinadas com secas históricas, a neve continua a escassear nas pistas de esqui, nomeadamente nos Alpes e Pirenéus, e várias regiões, incluindo da Europa Central, tinham no Ano Novo de 2023 temperaturas acima de 20ºC.
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