“Com uma forte componente de investimento público, se para tal existirem condições de financiamento a nível europeu, mas também com a participação de investimento privado, queremos mobilizar 4,5 mil milhões de euros para investimentos que apostam na sustentabilidade, que asseguram uma sociedade mais equilibrada e mais justa”, disse João Pedro Matos Fernandes perante os deputados da Comissão Parlamentar de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território.
Matos Fernandes afirmou que o período de crise que se aproxima por causa da paralisia económica provocada pela pandemia da covid-19 obriga a uma resposta “simultânea e imediata” da qual faz parte um “essencial aumento do investimento público”.
“Estamos obrigados, hoje, a tomar decisões rápidas com efeitos duradouros no sistema económico”, defendeu o ministro, apontando 10 áreas centrais, incluindo a descarbonização da economia, a aposta na economia circular, a preservação de biodiversidade e eliminação da poluição.
“A intensidade e a magnitude da crise pandémica obrigaram-nos a realinhar os nossos objetivos”, admitiu.
O investimento na área ambiental, afirmou, é a melhor maneira de recuperar a economia e combater a pobreza, “das fileiras de produção, distribuição e consumo, à valorização da biodiversidade, aos transportes e à valorização dos recursos naturais e geológicos”.
Afirmou que o Governo ouviu 30 especialistas para pensar a retoma pós-pandemia e que há um consenso maioritário sobre a “economia verde”, apontada como essencial “porque respeita os recursos, porque é mais transparente, porque é socialmente mais justa, porque é mais mão-de-obra intensiva”.
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