1. Consumir produtos biológicos, locais e sazonais para preservar a biodiversidade
Consumir produtos orgânicos ajuda a preservar a biodiversidade. Na agricultura tradicional os produtores não utilizam pesticidas, nem tantos químicos para promover o crescimento dos alimentos.
Para preservar a biodiversidade, deve-se optar pelo consumo local. Desta forma, além da pegada ecológica ser menor, por não ser necessária a utilização de transporte para os alimentos, também as emissões de gases de efeito de estufa são menores. Ao mesmo tempo, os produtores sentem-se incentivados a produzir alimentos da região/típicos da localidade por saberem que a procura vai corresponder à oferta. Por fim, consumir da época evita, por um lado, que as frutas e legumes viajem três ou mais vezes até chegar ao destino de venda e, por outro lado, estes produtos são menos processados e mais naturais por crescerem na sua época do ano ideal. Através do consumo de frutas e legumes da época é possível respeitar o ciclo natural dos alimentos e, portanto, a biodiversidade.
2. Reduzir o consumo animal
O cultivo de soja para consumo animal é, em geral, a maior causa do desmatamento no mundo. Este desmatamento tem consequências irreversíveis, como o desaparecimento dos habitats naturais de uma grande parte da biodiversidade. Somando a isto, são utilizados fitossanitários em grandes quantidades para garantir um rendimento cada vez maior nas produções.
Sob o mesmo ponto de vista, podemos também abordar o setor da pecuária, que tem uma boa dose de culpa pela perda de biodiversidade marinha. Nos viveiros, os excrementos dos animais contribuem para a contaminação das águas e dos próprios peixes. Quem sai prejudicado? Os animais marinhos.
3. Reduzir o uso de embalagens para preservar a biodiversidade
Sabemos que o plástico não é amigo do ambiente, no entanto, com cada vez mais opções para substituir o plástico e cada vez mais informação sobre a reciclagem, o uso de plástico continua a ser uma opção tanto na casa dos portugueses, bem como nos supermercados e outros comércios. O plástico é um material que demora algum tempo para se desintegrar e que depois de usado, liberta microplásticos que terminam nos oceanos onde são, enfim, ingeridos pelos animais marinhos.
A cada ano, oito milhões de toneladas de plástico vão parar ao oceano, Os peixes, as tartarugas e diversos mamíferos não só ingerem o plástico, por confundirem com alimento, como também são feridos e sufocados por ele.
Para ajudar a preservar a biodiversidade, deve ser reduzido ao máximo o uso de plástico e/ou optar por embalagens reutilizáveis.
4. Ler os rótulos dos produtos
O que está por detrás do seu alimento preferido? Apesar dos slogans e rótulos atrativos, deve-se perceber a fundo a origem do alimento. Uma boa leitura dos rótulos e uma boa pesquisa de determinados termos, vão ajudar a evitar algumas armadilhas. Certas substâncias contidas nos produtos são uma ameaça à biodiversidade e é muito importante perceber quais são.
O óleo de palma é barato e encontra-se em diversos produtos. Infelizmente, para satisfazer toda a (gigante) procura, os produtores recorrem ao desmatamento massivo para que, dessa forma, possam obter um único produto de uma só vez. Uma das grandes consequências desta atitude é, portanto, o desaparecimento de espécies em perigo de extinção. Deveremos procurar eliminar este ingrediente da nossa alimentação ou procurar opções de origem sustentável certificada.
5. Diversificar o consumo de peixe
Esta dica pode não agradar aos apaixonados por frutos do mar. O facto de consumirmos muito peixe, bem como o facto de serem do mesmo tipo, não é benéfico para a biodiversidade.
Hoje, um terço dos peixes do mundo são pescados em massa. E, para as espécies selvagens que se reproduzem a procura é demasiado rápida para a velocidade com que se reproduzem. As consequências? Não existe tempo para a criação natural dos peixes tanto quanto devia, tornando-se num desrespeito ao ciclo de vida dos animais.
Uma das formas de preservar a biodiversidade marinha, é ter o cuidado em diversificar o consumo de animais marinhos.
Para uma melhor orientação, basta verificar o calendário sazonal dos produtos do mar, tal e qual como acontece com as frutas e legumes sazonais. Não devemos comer qualquer tipo de peixe a qualquer altura do ano, mas sim respeitar o ciclo natural das espécies, logo, da biodiversidade.
Sob o mesmo ponto de vista, para proteger a biodiversidade marinha, deve-se também prestar atenção ao tipo de pesca praticada. Todos os dias são lançadas redes enormes de forma a pescar a maior quantidade de peixe de uma só vez. Infelizmente, como resultado, pescam mais peixe do que o necessário e, a grande parte dos peixes, nem sequer chega aos mercados e/ou supermercados para serem vendidos. Morrem em vão por não corresponderem a certos padrões impostos, como o peso, tamanho, aspeto, entre outros.
As redes de pesca são, agora, tão eficazes que raspam o fundo do mar, destruindo corais e todos os ecossistemas que ali existem. Capturam igualmente espécies em vias de extinção, como golfinhos e tubarões. Isto afeta todo o funcionamento do ecossistema.
6. Salvar produtos não vendidos
Os produtos não vendidos foram criados, cultivados, processados e transportados. Com eles, foram gastos recursos e, obviamente, emitidos gases de efeito de estufa.
Tendo em conta as suas perfeitas condições de consumo, seria muito pior desperdiçá-los tendo em conta que, de certa forma, já afetaram a biodiversidade. Comprar produtos não vendidos, acima de tudo, ajuda a evitar a produção de mais quantidade desses alimentos. À primeira vista, um tomate salvo do desperdício, não é o mesmo que um tomate acabado de chegar ao mercado, mas é igualmente saboroso e perfeito para mil e uma receitas.
Este artigo é da responsabilidade da Phenix, start-up que tem como objetivo combater o desperdício alimentar e não alimentar.
Imagem de abertura do artigo cedida por Freepik.
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