Miguel Tomás disse à Lusa que a descarga poluente, que atribui a alguma unidade da indústria de curtumes do concelho vizinho de Alcanena, foi detetada na quarta-feira, tendo sido de imediato comunicada ao Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da Guarda Nacional Republicana (GNR) e ao departamento de Ambiente da Câmara Municipal de Santarém.
O alerta foi dado por habitantes da aldeia de Vaqueiros, tendo o secretário da União de Freguesias de Casével e Vaqueiros, Fernando Gomes, ido à zona da Secalina, “onde pôde verificar que, mais uma vez, houve uma descarga poluente de origem industrial (não suinicultura) no rio, água de cor acastanhada, animais mortos, espuma com cheiro tóxico”, lê-se no ‘post’ colocado pela UFCV nas redes sociais.
“Infelizmente, é uma situação recorrente. O mais triste é que se sabe a proveniência e quem faz”, disse Miguel Tomás, lamentando que, mesmo após o investimento de “tantos milhões de euros, com apoios comunitários”, no sistema de saneamento de águas residuais de Alcanena (para onde são encaminhados os efluentes das indústrias de curtumes existentes naquele concelho), as descargas, ao invés de cessarem, se intensifiquem.
O autarca justifica a atribuição da origem à indústria de curtumes dada a cor e o cheiro químico das águas e ao facto de estas provirem de uma zona acima das suiniculturas existentes na freguesia.
Por outro lado, refere a elevada e rápida mortandade de peixes e, neste caso, até de aves, como patos, mostradas nas fotografias colocadas nas redes sociais.
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