Em comunicado, a organização justifica o cancelamento com o contexto dos últimos acontecimentos relacionados ao novo coronavírus e pela “responsabilidade social para com a saúde pública”.
“Ouvimos a ciência e os especialistas e, apesar de sabermos que os jovens são os menos afetados por este vírus, reconhecemos a importância de agirmos em solidariedade com aqueles que são mais vulneráveis”, é referido.
Na quarta-feira, a ativista sueca Greta Thunberg já tinha lançado um apelo para que a próxima greve climática mundial fosse digital, face aos receios relativos ao surto de COVID-19 e às recomendações para evitar multidões.
Face aos riscos associados ao novo coronavírus e às recomendações das autoridades para que sejam evitadas multidões e eventos com grande número de pessoas, a adolescente sueca pediu nas redes sociais aos seus seguidores nas redes sociais para manterem “os números em baixo e o espírito em alta”.
Greta Thunberg disse que o desafio é encontrar novas formas de criar atenção pública em defesa de mudanças que não envolvam potenciar a formação de grandes aglomerados de pessoas.
A ativista sueca sugeria que na sexta-feira cada um publicasse fotos suas online com os seus cartazes, sugerindo ainda algumas palavras-chave (hashtags) que podiam usar, como #DigitalStrike (#GreveDigital, em português) ou #ClimateStrikeOnline (#GreveClimáticaOnline).
Os jovens ativistas portugueses tinham anunciado no início de fevereiro a sua adesão à greve climática estudantil global.
Lisboa, Porto, Aveiro, Penafiel e Pico eram as localidades com manifestações confirmadas em dia de greve às aulas.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a doença COVID-19 como pandemia, uma decisão que justificou com os "níveis alarmantes de propagação e de inação".
A pandemia de COVID-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.500 mortos em todo o mundo.
O número de infetados ultrapassou as 124 mil pessoas, com casos registados em 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 59 casos confirmados.
A Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 12.000 infetados e pelo menos 827 mortos, o que levou o Governo a decretar a quarentena em todo o país.
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