“A par de 2017 e 2021, o mês de agosto foi o mais quente de sempre”, tendo sido o terceiro mais quente, em que a temperatura média global foi de 0.3 °C superior ao valor médio alcançado entre 1991 e 2020 na maior parte da Europa, referiu o IPMA.
Para tal, contribuíram as “condições mais quentes do que a média no extremo leste do continente, numa faixa que se estendia dos mares de Barents e Kara até o Cáucaso”.
Na parte oeste do continente europeu, as temperaturas “foram em geral altas, mas não foram tão extremas como no início do verão e quando comparado com agosto de 2003 e 2021”.
Em Portugal continental, o agosto foi considerado “muito quente e muito seco”.
Já os níveis de precipitação, de humidade do solo e humidade relativa foram “muito abaixo da média” em agosto na Europa, existindo “condições mais secas do que a média” em todo o continente, incluindo a Península Ibérica, o Reino Unido, a Irlanda, o sul da Escandinávia até a Rússia e até o Mar Negro e Cáucaso.
“As condições extremas e prolongadas de calor e seca afetaram o nível de água nos rios, a agricultura e o transporte e facilitaram a propagação e a intensificação dos incêndios florestais”, concluiu ainda o IPMA.
Em Portugal continental, agosto foi “muito quente em relação à temperatura do ar”, registando-se médias de 23.30 °C, 1.15 °C superior ao valor normal, e máximas de 30.50 °C, também superior à normal em 1.79 °C e mínimas de 16.10 °C, 0.60 °C acima da normal.
Durante o mês, os valores da temperatura do ar estiveram quase sempre acima do valor médio mensal, exceto nos períodos de 14 a 17 e 29 a 31, ocorrendo os períodos mais quentes nos dias 01 e 02 e de 19 a 23, com desvios da temperatura máxima superiores a 4°C e da temperatura mínima superiores 2.0 °C
Em agosto, registaram-se duas ondas de calor, a primeira entre 29 de julho e 14 de agosto, com maior incidência nas regiões Norte e Centro, e a segunda entre 20 e 29 de agosto, na região nordeste.
Quanto à precipitação, agosto foi o quarto mais seco desde 2000, com 2.7 milímetros, correspondentes a cerca de 20 % do valor normal.
A 31 de agosto, todo o território se encontrava em situação de seca severa (60,4%) ou extrema (39,6%).
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