Um local de trabalho não deve ser propício a mal-entendidos. No entanto, quando se trabalha com familiares torna-se por vezes difícil evitar os problemas. Seja o marido, um filho, um sobrinho ou até um primo que esteja empregado na empresa onde trabalha, os atritos irão surgir. Se esta situação se aplica a si, saiba que o melhor será sempre acordar com o familiar em proteger a sua relação, de forma a que seja possível maximizar a cooperação e minimizar a competição. Desta forma, será possível equilibrar as forças de cada um e compensar as fraquezas dentro de um espírito de benevolência. O Saldo Positivo deixa-lhe mais alguns conselhos que pode implementar na sua relação profissional com o familiar.

1. Estipule regras:

Antes de contratar ou começar a trabalhar com um familiar, estipule algumas regras práticas. Comunique qual o horário que existe na empresa, qual o grau de exigência que é esperado de todos os funcionários e quais os objetivos a curto e longo prazo que a empresa pretende alcançar. Defina as expectativas do seu familiar através do diálogo. Seja profissional. Não deixe que só por trabalharem juntos ele exerça uma má influência sobre si.

2. Valorize o mérito:

Se um trabalhador for dedicado e competente, então deverá ser valorizado. Aposte em folgas extra, aumento de salário ou até prémios de competitividade. Seja justo na valorização do mérito, independentemente do trabalhador em causa ser seu familiar ou não. Ao fazê-lo terá uma maior taxa de esforço por parte de todos.

3. Separe o trabalho da vida em casa:

Se trabalha com o seu marido ou seu filho, o mais provável é que por vezes traga situações e discussões que aconteceram em casa para o trabalho ou vice-versa. Evite que isso aconteça porque poderá atingir a sua relação tanto profissional, como pessoal. Levar trabalho para casa também não é aconselhável, uma vez que irá estar a ocupar horas de lazer e descanso com trabalho e a prejudicar o ambiente familiar. Tente arranjar algum tempo para passear e espairecer do trabalho com os seus parentes, sem mencionar a palavra “escritório”.

4. Não permita a incompetência:

Se o seu familiar não for a pessoa mais indicada ou qualificada para fazer certa tarefa, não o contrate. Não crie uma posição fictícia para o seu familiar. Esta decisão irá poupá-lo a grandes dores de cabeça e problemas, que certamente irão surgir por o seu familiar não perceber aquilo que você quer que ele faça. Além disso, não permita abuso de poder do seu familiar dentro da empresa só porque é seu familiar. No local de trabalho, ele é apenas outro empregado e é aconselhável que faça essa separação desde cedo. Lembre-se que no limite, qualquer trabalhador pode ser demitido.

5. Defina critérios na contratação de familiares:

Se gerir uma empresa familiar, o mais provável é que queira dar continuação ao legado da empresa através da contratação de um filho, por exemplo. Para isso convém definir quais os critérios para o contratar e qual a formação mínima necessária. Determine que ele precisa de ter experiência noutros locais antes de iniciar a vida profissional na empresa. Irá abrir-lhe os horizontes, mas também dar-lhe outro tipo de experiência que pode ajudar o futuro do legado da empresa

6. Separe o dinheiro da empresa do dinheiro familiar:

Para evitar que existam derrapagens no seu orçamento empresarial, não permita que os seus familiares possam utilizar o dinheiro da empresa para fins pessoais. Muitas vezes este tipo de situações, que se vão tornando constantes com a passagem do tempo, podem levar a situações de falência. Tenha especial atenção a este ponto, na medida em que será muito mais difícil reaver o dinheiro gasto pelo seu familiar para o orçamento da empresa.