A crise económica que vivemos traz acima algumas das fragilidades das famílias portuguesas. Para que consiga ultrapassar momentos económicos complicados, é necessário ter alguns cuidados com as suas finanças. Passe a controlar o seu dinheiro hoje e opte pelas escolhas inteligentes nos gastos, compras e, sobretudo, na utilização do crédito. Conheça os erros mais comuns nas finanças pessoais e aprenda a evitá-los.
Como em tantos aspetos da vida, no campo monetário as diferenças entre homens e mulheres são acentuadas e os géneros enfrentam desafios diferentes. As mulheres costumam ganhar menos, vivem mais anos, não gostam de arriscar o seu dinheiro, mesmo que seja para mais tarde receber o lucro, e têm o hábito de se colocarem no fim da lista de prioridades, ou seja, os filhos, o marido, os pais e os amigos estão à frente de tudo.
1. Viver acima das suas possibilidades
Tem um estilo de vida que requer mais dinheiro do que tem? Está no mau caminho. O crédito fácil permitiu que muitas famílias tivessem acesso a bens que, de uma forma normal não teriam. Inclui-se neste grupo? Não está sozinha, gastar mais do que ganha é uma prática comum um pouco por todos os países ocidentais e o sobre-endividamento foi uma das causas da crise económica.
Um dos conceitos básicos para a boa gestão das suas finanças é não gastar mais do que ganha. Aqueles que vivem acima das suas possibilidades financeiras têm de se apoiar no crédito, porém, se os rendimentos da família não forem suficientes para fazer face às dívidas, vai criar instabilidade nas suas contas e poderá criar um problema financeiro.
2. Não investir
Muitas pessoas têm medo de investir as suas poupanças, simplesmente porque não sabem como o fazer. Existem livros, sites e guias que ajudam a esclarecer as dúvidas e que dão dicas simples para o fazer. Seja como for, se não tem muita experiência, aconselha-se que invista em produtos seguros, com capital garantido e que conheça bem, como os depósitos a prazo ou produtos de investimento do Estado, como os Certificados de Aforro ou de Tesouro. Não se arrisque por produtos que não conhece bem só porque ouviu comentários positivos.
Seja como for, o importante é investir as suas poupanças. Imagine que tem 5 mil euros em poupanças. Caso essas economias não estejam a rentabilizar, o dinheiro desvaloriza - ou seja, dentro de alguns anos corre o risco de comprar bem menos com essa mesma quantia do que compra hoje. Ter o dinheiro debaixo do colchão pode parecer-lhe seguro, mas a inflação estraga-lhe as contas.
Veja na página seguinte: Não ter fundo de emergência
É uma das regras obrigatórias para as boas finanças: ter um fundo de emergência. Este pode ser a sua tábua de salvação caso tenha algum imprevisto na vida, como o desemprego ou um acidente que a incapacite de trabalhar durante algum tempo. Não ter um fundo de emergência poderá significar que caso o agregado familiar tenha os rendimentos reduzidos durante algum tempo, poderá arruinar as suas finanças, quer seja por deixar contas por pagar ou por ter de recorrer ao crédito para subsistir. É, por isso, imprescindível que tenha um montante que represente entre três e seis meses de despesas fixas para cobrir imprevistos. O orçamento familiar é uma excelente ferramenta para atingir os seus objetivos financeiros, quer sejam eles começar a poupar dinheiro, comprar uma casa ou ir de férias. Este é um dos conselhos mais repetidos pelos especialistas de finanças pessoais, no entanto é dos erros mais comuns. Fazer um orçamento não demorará muito tempo, mas terá uma influência tremenda na organização das suas finanças. Gastar o dinheiro todo sem lhe seguir o rasto, apenas fará com que este desapareça mais rapidamente da sua conta bancária. Quando chegar a altura da sua reforma, a Segurança Social só irá pagar-lhe uma percentagem do seu último salário antes da reforma - atualmente ronda os 65%. Para aproveitar os seus anos dourados sem preocupações é conveniente começar a poupar hoje, caso contrário, será difícil manter o seu poder de compra quando chegar a sua altura. Não deixe a sua reforma nas mãos da Segurança Social. A instabilidade dos tempos em que vivemos representa uma grande incógnita em relação ao Estado Social, tal e qual o concebemos agora. É possível que até ao seu dia de reforma, os benefícios tenham sido reduzidos. Se viver acima das suas possibilidades é um dos principais erros nas finanças pessoais, como já foi acima dito, o cartão de crédito é um dos principais culpados. Com este pequeno retângulo de plástico poderá comprar alguns dos seus sonhos demasiado facilmente. É frequente ver pessoas a fazer compras utilizando o cartão de crédito, quando têm dinheiro suficiente na carteira. Mas estes têm taxas de juro associadas muito elevadas, por isso apenas devem ser utilizados em casos de emergência. A regra de ouro dos cartões de crédito é: pagar a tempo. Estes têm um período de crédito gratuito, que se deve informar quando o pede ao banco.3. Não ter fundo de emergência
4. Não ter um orçamento familiar
5. Não se preocupar com a reforma
6. Abusar do cartão de crédito
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