A facilidade de criar um cartão de crédito ou pedir um empréstimo pessoal leva grande parte da população a criar hábitos de consumo errados que poderão ter consequências graves no futuro. Sejam as apelativas campanhas de marketing ou as baixas prestações anunciadas, a realidade é que muitas pessoas acabam por contrair mais do que um empréstimo pessoal.
Esta situação pode rapidamente levar uma família a um endividamento excessivo o que tem consequências bastante graves e pode mesmo ser a causa de desagregações familiares.
Se foi esse o seu caso, antes de mais é importante é tomar consciência das proporções da situação e manter a calma. Preservar a saúde mental e a capacidade de planear uma solução racional é fundamental para sair de um buraco financeiro. Tenha em conta que esta situação pode na maioria dos casos ser resolvida, com a ajuda de algumas medidas que o irão ajudar a recuperar o controlo da sua vida financeira.
O primeiro passo é reavaliar o orçamento familiar. Uma mudança drástica de hábitos de consumo é indispensável para que possa começar a reduzir as dívidas. Reavalie certas despesas como o seguro de automóvel, escolhendo um plano mais acessível, troque o pacote de televisão ou internet por um de valor mais baixo, e se necessário, corte com todas as despesas não essenciais.
Evite comer em restaurantes, opte pelos transportes públicos, faça uso da marmita e planeie bem as idas ao supermercado. Mesmo que esteja habituado a viver com certos caprichos ou comodidades, é indispensável mudar de atitude e entender que o maior esforço tem de partir de si.
Priorize as dívidas. Se tem mais do que uma dívida em atraso, comece por pagar a que representa a taxa de juro superior, ou multas mais elevadas. Mesmo que se torne bastante difícil, nunca deixe de pagar uma prestação sem avisar a entidade credora. Pode sempre tentar renegociar. Muitas empresas e bancos reduzem as prestações ou perdoam os juros face a uma situação de insolvência pessoal. Explique-lhes a situação e seja honesto.
Se possível, procure um part-time para amealhar algum dinheiro extra que o ajude a reduzir o endividamento, ou venda alguns artigos usados que já não precise. Existem vários portais online de compra, venda, ou troca de artigos usados que pode usar gratuitamente.
Se sente que a situação está a ficar fora do seu controlo, ou se não tem mesmo possibilidade de pagar parte da dívida ao final do mês, peça ajuda. Se tem familiares ou amigos que o podem ajudar, não se sinta envergonhado por pedir apoio. Se não tem quem o ajude, saiba que existem várias entidades que ajudam as famílias a criar planos de recuperação económica e disponibilizam aconselhamento gratuito.
E a partir daí esteja atento aos sinais. As grandes dívidas começam com situações menores, como a falta de dinheiro para pagar as contas da água e gás desse mês ou o seguro do carro. Antes de se aventurar num novo empréstimo pessoal, avalie bem a situação e evite contrair novas dívidas.
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