Costumamos recorrer ao crédito em situações de aperto financeiro, sendo certo que nestas situações é costume aceitarmos as primeiras propostas para a solução do nosso problema (tipicamente as mais caras). Nestas situações costumam surgir perigos e riscos que temos de acautelar para que o pedido de crédito seja uma experiência positiva.
Avaliação rigorosa de necessidades:
O primeiro passo num pedido de crédito consiste numa avaliação rigorosa das necessidades da família e da sua situação financeira. Pode acontecer que estejamos a procurar um crédito existindo outras alternativas para solucionar o problema. Podemos estar a pedir um crédito que terá uma prestação demasiado elevada para o orçamento da família. Ou simplesmente podemos estar a pedir um crédito para comprar uma coisa de que não precisamos. Nunca peça um crédito sem uma avaliação rigorosa.
Pesquisa de alternativas:
Depois de definir que precisa mesmo de um financiamento, deverá procurar diferentes propostas junto do sistema financeiro. Comece por procurar o crédito pessoal no seu banco, depois nas restantes instituições da banca tradicional e outras instituições financeiras de crédito. Existem também consultoras financeiras especializadas na procura das melhores alternativas para o seu caso específico, poupando-lhe tempo e dinheiro no processo. Mas tenha atenção ao ponto seguinte.
Nunca pague comissões de dossier ou de avaliação:
Existem diversas consultoras financeiras que cobram um valor pelo estudo do processo de crédito, prometendo a pré-aprovação do processo na hora. Neste contexto, saiba que apenas as instituições financeiras têm a capacidade de pré-aprovar o seu processo. O trabalho das consultoras é o de preparar o seu processo para aumentar a probabilidade de aprovação. Tenha em atenção que a taxa de aprovação irá rondar os 5% na melhor das hipóteses. Assim, ao pagar a comissão de dossier saiba que provavelmente irá perder o seu dinheiro e não terá o seu crédito.
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Estude o contrato:
No processo de consultoria financeira é comum a existência de um contrato que regula a relação entre o cliente e a consultora financeira. Este contrato é comum em instituições que lhe cobram uma comissão de avaliação (sugerimos atrás que não deve aceitar pagar qualquer valor pela análise). Se mesmo assim optar por este “apoio”, sugerimos que leia o contrato com toda a cautela e que esteja atento a alguns sinais, sendo o mais importante a morada e os contactos da consultora. Se estiver num apartado ou se uma rápida pesquisa na internet não permitir tirar boas referências do consultor é motivo para prudência acrescida.
Avalie a credibilidade da instituição:
O processo de submissão do seu crédito é um processo muito burocrático e que envolve bastantes documentos pessoais. Assim, deverá ser bastante criterioso na instituição a quem envia os seus documentos. Avalie a credibilidade da instituição na internet. Veja os fóruns e os portais e procure pela experiência de outros clientes. Se a experiência tiver sido negativa irá certamente ler sobre isso na internet.
Procure aconselhamento credível:
Existem diversos consultores especializados no mercado de crédito. Os mais conceituados irão apenas cobrar honorários em caso de sucesso, sendo o valor cobrado indexado ao valor financiado. Se em questões de saúde é essencial recorrer a um médico ou farmacêutico, nas questões financeiras faz todo o sentido procurar apoio junto de um consultor independente.
João Morais Barbosa
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