Mudar o seu crédito habitação para outro banco pode valer-lhe uma poupança de milhares de euros, mas a tarefa nem sempre é fácil em nome individual. Por isso não descarte desde logo essa hipótese se pretende transferir o seu crédito habitação. Neste artigo iremos apresentar todos os custos que pode vir a ter com a sua transferência e o que precisa de saber sobre o assunto.

Conheça todos os custos da transferência do crédito habitação

Aquando a transferência do crédito habitação, existem custos associados que podem ou não ser suportados pela entidade bancária que vai ficar com o seu crédito. Sejam estes suportados ou não pelo banco, deve estar informado antecipadamente sobre estas despesas. Fazem parte das comissões cobradas:

- Comissão de reembolso antecipado: Se alguma vez amortizou o seu crédito habitação, já conhece a comissão de reembolso antecipado. Esta pode ser aplicada tanto se pretende amortizar como transferir o seu crédito habitação. A comissão de reembolso antecipado varia de banco para banco consoante o tipo de taxa do seu crédito. No entanto esta é de 0,5% para uma taxa variável e 2% para um crédito com uma taxa fixa.

- Comissão de abertura: Esta pode ser apresentada como comissão de dossier ou comissão de estudos. O custo com esta comissão é referente à análise do seu crédito. Só é paga uma vez durante o processo e o valor varia consoante a entidade financeira.

- Comissão de avaliação: Esta comissão é relativa à avaliação do seu imóvel. Tal como aconteceu para fazer o seu crédito habitação, também na transferência de crédito as entidades financeiras precisam de saber o valor real do seu imóvel. Esta só é paga uma vez durante o processo e o valor é variável consoante a entidade financeira.

- Comissão de formalização: Por norma é suportada pela maioria dos bancos, no entanto pode acontecer a aplicação da mesma. Tal como o nome indica está relacionada com a formalização do seu novo contrato e tem o objetivo de cobrir os gastos administrativos que ocorrem durante todo o processo de transferência.

Outros custos que pode vir a ter

Para além das comissões faladas, quando pretende transferir o seu crédito habitação, também deve equacionar as despesas relativas a uma nova escritura.

- Elaboração da escritura e formalização do seu registo: Por norma, a elaboração da escritura começa na instituição financeira. Depois de ter o documento oficial consigo terá que optar pelo serviço onde vai formalizar o registo da mesma. Há quem prefira recorrer aos serviços de notários, solicitadores ou advogados, há quem prefira fazer o registo na Casa Pronta, que pertence aos serviços do Ministério da Justiça. Os valores finais destes custos dependem do serviço de registo que escolher. Lembre-se que o valor a pagar pela escritura estará relacionado com a transferência do crédito para outro banco, e não como fosse fazer um financiamento pela primeira vez.

- Impostos a pagar antes de finalizar a escritura: Para concluir o processo da escritura, deve pagar antecipadamente alguns impostos relacionados com a transferência. Fazem parte deste processo o Imposto do Selo sobre a Transação (0,8%) e o Imposto do selo sobre o crédito (0,6%).

Porque não se deve assustar com os custos da transferência do crédito habitação

Após ler a descrição exaustiva dos custos associados à transferência do crédito habitação, conseguimos perceber que se sinta um pouco intimidado. Afinal a lista de despesas é relativamente longa e dispendiosa. No entanto, tal como referimos no início do artigo, são vários os bancos que suportam a maioria das despesas aqui apresentadas.

Se pedir ajuda a uma empresa intermediária de crédito o custo da transferência do seu crédito para outro banco será nulo ou muito reduzido.

Caso não pretenda a ajuda de especialistas financeiros deve pedir propostas e simulações para a transferência do seu crédito a várias entidades bancárias. Assim, analise todos os aspetos referentes à transferência do seu crédito, tais como os valores praticados no mercado para perceber quanto poderá poupar. Desta forma irá conseguir perceber quais são os bancos que estão dispostos a cobrir estas despesas e os que não estão.