Os gastos com material escolar são invetiváveis ao longo do ano letivo, mas têm um peso ainda maior em setembro, quando os alunos regressam às aulas. Sabemos que é quase impossível fugir a estas despesas, mas há formas de as tornar menos pesadas para a carteira.

Conheças algumas dicas para poupar na compra de material escolar.

1. Defina um orçamento

Já deu por si a fazer compras e a perder a conta a quanto já gastou? Para evitar esse cenário, é importante que defina um orçamento e que tente, ao máximo, cumpri-lo.

À medida que for comprando o material, vá anotando os gastos. Só assim vai saber quanto ainda pode gastar. Se estiver quase a atingir o limite do orçamento, tente perceber quais são os materiais mais prioritários no arranque do ano letivo. Até porque, provavelmente, o seu filho não vai precisar de tudo na primeira semana ou no primeiro mês de aulas.

Ao diluir as compras no tempo, evita concentrar um grande volume de gastos na mesma altura.

2. Faça uma lista de material

Pode começar a fazer a lista de material ainda antes de as aulas começarem. Se a mochila do seu filho se estragou, já sabe que vai precisar de outra. Da mesma forma, o equipamento de educação física usado no ano anterior pode já não servir.

Os lápis, canetas e cadernos também são sempre necessários, por isso já sabe que é algo a incluir na lista.

3. Reaproveite material de outros anos

Será que é mesmo necessário comprar tudo aquilo que pôs na lista de material? Provavelmente, não. Algumas coisas de que o seu filho vai precisar podem ser reaproveitadas de um ano para o outro. Se o estojo está bom, use o mesmo. Se tem cadernos que foram pouco usados no ano letivo anterior, pode aproveitar as folhas que sobraram e dar-lhe um novo uso.

Envolva o seu filho neste processo e aproveite para lhe ensinar a importância de poupar e reaproveitar.

4. Compare preços e promoções

Comparar preços é um dos passos mais importantes na hora de poupar. Olhe para os folhetos dos estabelecimentos comerciais e consulte sites de comparação de preços. Perceba se é mais vantajoso comprar numa loja física ou online, uma vez que os preços praticados nem sempre são os mesmos.

Além disso, compare também promoções. O regresso às aulas é um período no qual quase todos os comerciantes aproveitam para lançar campanhas para atrair clientes. Veja quais são as promoções que fazem mais sentido para si e prefira os descontos diretos aos descontos em cartão, uma vez que garantem uma poupança maior.

5. Aproveite os manuais escolares gratuitos

Durante muitos anos, os manuais representaram um dos principais gastos com material escolar. No entanto, desde 2019, todos os alunos têm acesso a livros gratuitos, desde que frequentem uma escola pública ou uma escola privada com contrato de associação.

Para tal, só tem de fazer o registo na plataforma MEGA e emitir os vales que dão direito a levantar os livros gratuitamente na escola ou numa livraria aderente. No final do ano, deve devolver os manuais.

Despesas de educação: Quais podem ser deduzidas no IRS?

Nem todos os gastos associados ao ano letivo são considerados despesas de educação. Apenas aqueles que estão isentos de IVA ou que são tributados à taxa reduzida (6%) podem entrar nesta categoria. Além disso, têm de ser feitos em estabelecimentos com códigos de atividades económicas (CAE) específicos.

Se isso acontecer, cada agregado familiar pode deduzir 30% dos gastos com educação e formação, até um limite de 800 euros (ou 880 euros, se estudar no interior do país).

No entanto, mesmo que não possa deduzir alguns gastos como despesas de educação, não deixe de pedir para incluir o NIF na fatura. Isto porque pode incluí-los na categoria de despesas gerais e familiares. Aí, é deduzido 35% do valor até um limite de 250 euros por pessoa (ou 45% com limite de 335 euros no caso das famílias monoparentais).