A Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção é um problema sim. Não é fruto da má educação ou da falta de investimento dos pais (frequentemente é o oposto disto) e tem critérios de diagnóstico estabelecidos. Um artigo da médica pediatra Joana Martins.
A Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) está a desenvolver um projeto inédito que visa desvendar a relação entre a desregulação intestinal (isto é, da alteração dos microrganismos que habitam o intestino) e a Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA).
A Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) é uma perturbação comum que se manifesta na primeira infância, que pode prolongar-se até à idade adulta, mas, felizmente, há cada vez mais um maior número de ferramentas terapêuticas.
Um dos rótulos que muito facilmente acabamos por colocar às criança é a hiperatividade e o défice de atenção e, a certa altura, temos um sem fim de crianças parecem ‘atropelados’ por esta condição.
As características da PHDA não desapareceram, estão mais contidas e a criança e/ou adolescente estão mais protegidos pelas alterações dos contextos, quer da dinâmica familiar quer do ensino. Na verdade, acontece agora naturalmente o que muitas vezes é sugerido como estratégia de intervenção.
O teletrabalho pode ser um enorme desafio, em particular para todos os trabalhadores com Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA). A psicóloga clínica Mariana Neves indica estratégias que podem ajudar.
É interessante fazermos uma viagem no tempo e percebermos que os problemas de sono faziam parte dos primeiros critérios de diagnóstico da PHDA há décadas atrás. Um texto da Dra. Andreia Leitão, do centro PIN.
O Hospital Lusíadas Porto vai promover um ciclo de sessões de esclarecimento com o objetivo de responder às principais interrogações dos pais/educadores.
Tal não significa que aconteça em todos os indivíduos com o diagnóstico de PHDA, mas de facto é mais provável que aconteça num destes indivíduos do que em alguém com características semelhantes em termos do desenvolvimento.
É muito frequente que vários de um grupo de irmãos cumpram os critérios da perturbação, assim como é comum ouvir os pais (não diagnosticados) das crianças com PHDA dizerem “eu era tal e qual como ele é” ou “se eu tivesse tido nesta idade o tratamento que ele está a ter agora as coisas podiam correr
Alguns estudos ao longo do tempo nos têm mostrado que um indivíduo com uma PHDA tem quase o dobro da probabilidade de se divorciar, e outros mostram-nos ainda que cerca de 58% destas relações apresentam características clinicamente disfuncionais.