É difícil estabelecer a responsabilidade do sexo oral na transmissão de doenças sexualmente transmissíveis (DST). «Geralmente quem pratica sexo oral também pratica outros tipos de actividade sexual penetrativa», explica Nuno Monteiro Pereira, médico urologista e diretor da Clínica do Homem e da Mulher. Embora o sexo oral seja considerado uma atividade de menor risco, algumas DST como a candidíase, o herpes, a gonorreia e a sífilis podem ser inequivocamente transmitidas desta forma, assim como a infeção por condiloma venéreo (HPV).
«A contaminação com as restantes DST é mais rara e, geralmente, acontece na presença de uma lesão bucal (feridas, fissuras e aftas, por exemplo), muitas vezes impercetível. A associação com lesões genitais é, geralmente, necessária», acrescenta o especialista que defende que a infeção veiculada pelo sémen, como é o caso do VIH-SIDA, é teoricamente possível, mas rara.
Não considerando, o médico, a abstinência, Nuno Monteiro Pereira aconselha que a melhor prevenção é uma vida regrada com sexo seguro e com o mesmo parceiro. «O uso de preservativo é a melhor prevenção no caso de sexo bucopeniano. No caso do sexo bucovaginal, existe uma proteção bucal de látex, ainda pouco divulgada», conclui ainda o especialista.
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