Os estudos científicos realizados nos últimos anos têm vindo a conceder credibilidade aos efeitos de algumas terapias alternativas, como é o caso da acupuntura.
No nosso país, desde 2003, esta terapia milenar de origem chinesa é (a par da fitoterapia, homeopatia, osteopatia e quiropraxia) reconhecida legalmente como medicina não convencional e têm vindo a registar uma crescente procura.
Uma resposta ao facto de serem cada vez mais os portugueses que recorrem a este tipo de terapia, não apenas enquanto método alternativo mas, sobretudo, como resposta complementar às soluções da medicina convencional. Atentas a esta tendência no universo da saúde, as seguradoras desenvolveram produtos que podem facilitar o acesso a estas abordagens terapêuticas não farmacológicas.
O que existe no mercado?
Os seguros disponíveis não estão exclusivamente ligados às terapias alternativas, cobrindo também tratamentos de medicina convencional. Uma das modalidades disponíveis - um cartão de saúde - dá acesso a consultas e tratamentos de acupuntura, homeopatia, osteopatia, quiroprática e podologia com descontos que vão dos cinco aos 60 por cento e um prémio mensal de 3 euros.
No espetro oposto, encontra um seguro muito completo em termos de capitais e coberturas, que reembolsa quase todas as despesas (desde estética, talassoterapia, shiatsu), sem limite e abrangendo algumas excluídas da maioria dos seguros, como tratamentos termais ou fisioterapia. O prémio mensal ronda os 250 euros.
Há, ainda, a hipótese de subscrever um plano que se estende ao estrangeiro e cobre despesas de ambulatório de medicina física, reabilitação e terapia da fala, terapêuticas não convencionais, estomatologia e acesso a uma segunda opinião. O valor mensal a pagar é de 15 euros.
As modalidades
O cartão de saúde low-cost permite apenas o acesso a uma rede de descontos, sendo o segurado a garantir o pagamento dos serviços. Nas restantes modalidades, o segurado usufrui de um sistema misto, ou seja, da combinação da modalidade de copagamento e reembolso:
- Copagamento
Dentro da rede médica estipulada, o cliente paga apenas uma parte da despesa diretamente ao prestador do serviço. Se o serviço requisitado for de ambulatório, estomatologia ou terapêuticas não convencionais só se aplica este regime.
- Reembolso
Fora da rede médica, o cliente paga a totalidade da despesa e envia o recibo para a seguradora, que depois reembolsa parte do valor pago. Caso queira pedir uma segunda opinião, extensão ao estrangeiro ou fazer medicina preventiva, poderá dirigir-se a uma clínica fora de rede e apresentar o recibo. O valor gasto é parcialmente reembolsável, de acordo com a natureza do ato médico e com a tabela de comparticipações, que deve conhecer previamente.
Cuidados a ter ao aderir
Antes de subscrever um seguro desta natureza, esteja atento aos seguintes aspetos:
- Período de carência. Poderá ter de aguardar até 12 meses para uma consulta de medicina preventiva. No entanto, se pretender aceder a terapêuticas não convencionais não existe período de carência.
- Exclusões. Esteja atenta à lista. Por exemplo, os tratamentos relacionados com dependências, como tabagismo, não estão incluídos.
- Idade. É possível a alteração automática do prémio sempre que mudar de escalão etário. Informe-se se é o caso.
- Rede convencionada. A sua morada é um dos principais critérios a ter em conta antes de subscrever um seguro na modalidade de copagamento. Analise bem a rede convencionada e conclua se realmente compensa.
- Comparticipações. Se subscrever um seguro com a modalidade de reembolso, tenha em atenção a tabela de comparticipações que lista todos os bens e serviços sujeitos a comparticipação.
Quanto custa?
Consulta sem seguro
Acupuntura: 60 €
Homeopatia: 70 €
Naturopatia: 40 €
Osteopatia: 50 €
Fitoterapia: 40 €
Quiropraxia: 60 €
Consulta com seguro
Acupuntura: 30 €
Homeopatia: 35 €
Naturopatia: 20 €
Osteopatia: 25 €
Fitoterapia: 20 €
Quiropraxia: 30 €
Texto: Saldo Positivo (equipa editorial especialista em finanças pessoais)
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