Avanços médicos recentes tornaram-se realidade com o lançamento do primeiro implante de retina.
A tecnologia Argus II, desenvolvida pela empresa Second Sight e apresentada publicamente em março de 2011, representa uma esperança para quem perdeu a visão devido aos problemas de retina, como a retinite pigmentosa, uma doença genética que leva à perda total de visão.
O novo dispositivo, colocado na parte traseira da superfície interna do olho, regista imagens de padrões de luz e cor que, através de uns óculos especializados, captura imagens e envia essas informações para um processador de vídeo que as converte num sinal electrónico. Um transmissor colocado nos óculos, sob a membrana mucosa do olho, envia os sinais para a retina, estimulando diretamente as células que conduzem ao nervo ótico.
Essa informação é, depois, convertida em padrões de manchas diferenciadas que permitem recriar e identificar padrões visuais. Com este implante, a visão não é totalmente recuperada, mas as 30 pessoas que o usaram na fase experimental revelaram que passaram a conseguir evitar os obstáculos, encontrar as portas, ver os automóveis em movimento e estacionados e a ler se as letras forem grandes.
Entretanto, na Alemanha, a Retina Implante AG desenvolveu também já um dispositivo que é implantado sob a superfície da retina para estimular outras células bipolares. Durante as primeiras experiências laboratoriais, que envolveram três cegos, estes foram capazes de identificar objetos brilhantes colocados sobre uma mesa escura. Esses testes foram desenvolvidos por uma equipa de investigadores liderada por Eberhart Zrenner, diretor da Retina Implante AG e presidente do Instituto de Investigação da Universidade de Tübingen.
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