Os cientistas dizem que os lábios são tão importantes que até compensam o facto de, por vezes, serem mordidos enquanto mastigamos.
Usar os lábios para sugar é uma das primeiras habilidades do ser humano. Na verdade trata-se de um reflexo primitivo e uma aptidão fundamental para a nossa sobrevivência.
Os lábios também são importantes para comer e falar. Na linguística, representam um dos muitos pontos de articulação – partes da boca e da garganta - que ajudam a bloquear o ar que vem dos pulmões e formar fonemas. A fala é um aspecto crucial da vida humana, mas talvez não tão divertida quanto o beijo. O beijo não é universal, mas aparece em mais de 90% das culturas.
As raízes do beijo encontram-se na biologia, isto porque os chimpanzés também se beijam... Fazem isso para se reconciliarem depois de algum momento de discórdia e desavença, escreve a televisão britânica BBC.
Numa edição da publicação Scientific American Mind de 2008, o escritor Chip Walter argumentou, citando o zoólogo inglês Desmond Morris, que o beijo pode ter nascido do hábito primata dos progenitores de mastigar alimentos e passá-los para a boca dos filhos.
Por outro lado, alguns estudos sugerem que, após o estimulo dos lábios com comida, o simples ato de tocá-los já provoca sentimentos de prazer. Além disso, existem imensas terminações nervosas nos lábios, o que explica quase tudo.
A parte do cérebro responsável pelo processamento das sensações dos lábios é o córtex somatossensorial e fica no topo do cérebro.
Todas as sensações de tato são enviadas para esta região cerebral.
Segundo uma investigação de Gordon Gallup, em que se perguntou a voluntários se já tinham perdido o interesse em alguém que consideravam atraente depois do primeiro beijo, 59% dos homens disseram que sim e 66% das mulheres concordaram.
Ou seja: vale a pena ter lábios e é desejável que sejam bons.
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