Para destacar a importância do dia 04 de fevereiro, Dia Mundial da Luta Contra o Cancro, a Dra. Mara Fragomeni, responsável pelo serviço de Dermatologia da Clínica de Cirurgia Plástica Dr. Vinício Alba, partilha algumas dicas e informação relevante no âmbito deste tema.
A pele vai somando por toda a vida os excessos de sol, ou seja, uma queimadora solar não é capaz, por si só, de induzir um cancro, mas os efeitos ficam gravados, acumulando-se com o passar doa anos. Os efeitos mais comuns, antes de um cancro, são uma pela seca, pouco elástica com aparecimento de rugas, manchas, sardas e seborreia.
Algumas pessoas sofrem ainda mais com a exposição solar, nomeadamente aquelas de pele clara, olhos claros, cabelo louro ou ruivo, que sofrem mais frequentemente de queimadura solar (e consequentemente o risco de sofrer queimadura solar ou desenvolver um cancro da pele) define os fotótipos cutâneos, que se classificam de 1 a 6.
Para além do fotótipo existem outros fatores que aumentam a probabilidade de vir a ter um cancro da pele, designados fatores de risco:
Este último, o cancro, está ligado diretamente aos grandes períodos de exposição ao sol sem a devida proteção.
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Hora do dia
A radiação é máxima ao meio dia solar (30% do total da radiação);
Época do ano
O sol está mais perto da Terra no verão;
Latitude
Perto do equador a radiação é mais intensa porque incide de forma mais vertical, pelo que a absorção atmosférica é mais fraca;
Altitude
Aumento de 4% de UVB a cada 300m;
Nuvens e poluição
Têm pouco efeito sobre os UV, mas trava os infravermelhos (radiação responsável pelo calor) dando uma sensação de falsa segurança;
Reflexão de superfície
Aumento da exposição aos UV com superfícies mais refletivas: neve 50 a 80%, areia 15 a 25%, água em movimento 20%, água estagnada 10%.
Os tipos mais frequentes são três: o carcinoma basocelular (CBC) em 70% dos casos, o carcinoma espinocelular (CEC) em 18% e o melanoma em 8%.
O CBC é um tumor de baixa malignidade e de evolução lenta que raramente metastiza, que pode atingir outros órgãos. Surge em geral na face e pescoço de pessoas com mais de 60 anos e o aspeto mais típico é o de uma evolução na pele que ciclicamente faz ferida, podendo sangrar.
O CEC é localmente agressivo, tal como o CBC, mas de evolução rápida e pode metastizar. Predomina nas áreas fotoenvelhecidas de pessoas idosas que passaram grande parte da sua vida ao sol. Caracteriza-se por um nódulo que vai crescendo de semana para semana e está muitas vezes coberto de uma crosta seca e verrugosa. Também ulcera e sangra com frequência.
Embora seja o menos frequente, o melanoma é o mais preocupante porque, se não for detetado precocemente, é muitas vezes mortal. Surge em pessoas mais jovens (em média por volta dos 50 anos), sendo o local mais frequentemente atingido o dorso (costas) no homem e dorso e perna nas mulheres.
A medida mais importante é evitar o sol nas horas de maior intensidade de raios UV, normalmente entre as 11h e as 16h, no verão. Quando isso não for possível então a proteção solar deverá ser feita com roupa apropriada sem esquecer o chapéu e os óculos de sol.
Os protetores solares serão o terceiro nível de cuidados, devendo ter um fator de proteção solar igual ou acima de 15 e, idealmente nos grupos de risco, pelo menos 30. Estes cremes devem ser aplicados generosamente, aproximadamente meia hora antes da exposição solar e reaplicados de 2 em 2 horas. Quando há banho ou transpiração excessiva, é necessária a reaplicação.
Fotografia: Garnier
Agradecimentos: Mara Fragomeni, responsável pelo serviço de Dermatologia da Clínica de Cirurgia Plástica Dr. Vinício Alba
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