AVC é a sigla de Acidente Vascular Cerebral e significa:

Acidente: Acontecimento que ocorre sem se prever ou quando menos se espera.

Vascular: Diz respeito aos vasos sanguíneos.

Cerebral: Atinge o cérebro ou, mais genericamente, o sistema nervoso central.

O AVC ocorre por lesão de um vaso sanguíneo da circulação do sistema nervoso central mais frequentemente no cérebro mas também noutras estruturas como o cerebelo, o tronco cerebral ou, raramente, na medula espinhal.

Como reconhecer um AVC?

Existem sinais de alerta que devem ser conhecidos por todos, pois podem permitir um tratamento rápido e eficaz.

Os sinais de alerta para AVC adotados em Portugal e que devem ser conhecidos por todos são o aparecimento súbito de boca ao lado, dificuldade em falar e falta de força num braço.

Se presenciar alguma pessoa com um só destes sinais, não perca tempo, marque 112.

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A maneira mais rápida e eficaz de fazer os exames e o tratamentos adequados é chamar o INEM que desencadeará todo um sistema urgente de tratamento do AVC - a chamada Via Verde do AVC-, para levar a vítima para a unidade de tratamento de AVC mais adequada e onde já estará uma equipa à espera preparada para o tratamento urgente.

O que se passa nos vasos sanguíneos quando ocorre um AVC?

Tal como nas canalizações das nossas casas, duas coisas podem ocorrer nos vasos sanguíneos: ou entopem ou rompem.

Entupimento: Dá-se um bloqueio na circulação com paragem da corrente sanguínea.

Rotura: Dá-se um derrame de sangue para o tecido do sistema nervoso envolvente. (Daí a designação antiga de “derrame cerebral”)

Quais as consequências?

As consequências derivam da localização e da extensão do tecido do sistema nervoso afetado.

No caso do entupimento designa-se por AVC isquémico (falta de sangue) porque o vaso sanguíneo quando entope bloqueia a circulação e, consequentemente vai faltar sangue com o oxigénio e nutrientes que transporta, nas células (neurónios) o que implica a morte desses neurónios.

No caso de rotura dá-se um derrame ou hemorragia cerebral indo o sangue que sai do vaso roto, acumular-se no interior do tecido cerebral desenvolvendo uma tumefacção (hematoma) que destrói o tecido à sua volta.

Por outro lado, o sangue que saiu pela rotura não vai levar o oxigénio, glucose e outras substâncias indispensáveis ao normal funcionamento dos neurónios agravando a situação.

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O que fazer?

O mais eficaz é evitar o AVC. Para tal devemos combater as situações que facilitam a ocorrência do AVC, são os chamados fatores de risco.

Quais os principais fatores de risco?

- Hipertensão Arterial: A chamada “tensão alta” é a principal responsável pelos AVC e de destes, sobretudo as hemorragias cerebrais. (lembremo-nos das roturas na canalização: se a pressão nos canos for exagerada é de esperar, mais dia, menos dia, uma inundação em casa).

- Diabetes: Esta situação altera os vasos sanguíneos propiciando o AVC.

- Tabaco: É hoje indiscutível, que o fumo do tabaco (quer fumadores ativos quer passivos) promove a aterosclerose e consequentemente entupimentos nos vasos sanguíneos e não só os cerebrais.

- Dislipidemias: O conhecido “colesterol elevado” entre outros tipos de alteração do metabolismo dos lípidos agrava a possibilidade de entupimentos na circulação em geral.

- Obesidade, sedentarismo: São fatores que agravam outros fatores de risco.

O melhor conselho:

Consulte regularmente o seu médico de família e siga as suas indicações.

Por Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral