A artrite reumatoide é uma doença sistémica (que envolve todo o organismo) caracterizada sobretudo pela inflamação crónica das articulações, inicialmente das mais pequenas, como as das mãos e dos pulsos, conduzindo à sua degeneração progressiva.

Esta é uma doença autoimune, isto é, que conduz à autoagressão dos tecidos devido a uma alteração do sistema imunitário que, em vez de defender o organismo, reconhece como estranha uma parte do corpo e desencadeia a inflamação.

Não há uma verdadeira e única causa mas estudos recentes demonstraram que a presença de alguns genes implica uma maior propensão para o desenvolvimento desta patologia.

Sintomas

A inflamação das articulações começa de forma subtil, sendo simétrica nos dois lados do corpo (nas duas mãos, por exemplo). As articulações afetadas aumentam, doem, incham e podem vir a deformar-se rapidamente. Ficam geralmente rígidas, principalmente com o frio e de manhã ao acordar, após um período de inatividade prolongada. Em alguns casos, formam-se nódulos palpáveis por baixo da pele, os chamados nódulos reumatóides. Outros sintomas são abatimento, fadiga, perda de peso e febre.

Tratamento

Não existe cura mas o repouso da articulação afetada é o princípio básico, dado que usá-la piora a inflamação. Existem vários tratamentos, desde a nutrição adequada aos medicamentos e à cirurgia, que ajudam a travar a destruição articular, aliviar as dores e os sintomas, bem como aumentar a qualidade de vida dos doentes. A administração de fármacos deve ser complementada por fisioterapia, cinesiterapia e/ou ergoterapia, sob o acompanhamento de um médico reumatologista

As mulheres são duas a três vezes mais afetadas do que os homens, embora essa percentagem seja igual se a doença aparecer depois dos 60 anos.

Manifesta-se normalmente depois dos 40, nas mulheres
pós-menopáusicas, mas pode surgir em todas as idades.

Prevenção

Sendo uma doença progressiva, o diagnóstico e tratamento precoces são essenciais. Neste caso, há grandes possibilidades de travar a progressão da doença.

Alguns tratamentos têm mesmo apresentado resultados positivos no combate à incapacidade funcional para o trabalho e as restantes consequências físicas e psicológicas.