O tecido ósseo é um tecido vivo em remodelação constante por ação das células que o constituem. Umas, os osteoblastos, responsáveis pela síntese dos componentes orgânicos da matriz óssea, produzem osso e outras, os osteoclastos, destroem-no.

«Este equilíbrio é alterado, sobretudo na mulher, a partir da quarta década de vida, por aumento da atividade dos osteoclastos, daí resultando a osteoporose», explica João Azevedo, ortopedista na clínica de Todos-os-Santos.

Esta doença tem grandes repercussões socioeconómicas e leva à perda da qualidade de vida. Quando a osteoporose aparece deve fazer-se um tratamento e, como os fatores que conduzem ao aparecimento da doença são múltiplos, este tratamento inclui atividade física.

«Os estímulos mecânicos decorrentes do exercício vão provocar maior atividade dos osteoblastos (células formadoras) e, portanto, produzir mais tecido ósseo e aumentar a resistência do mesmo», esclarece o especialista.

«A marcha é o exercício ideal, com periodicidade de uma hora diária, três vezes por semana», acrescenta, recomendado ainda a  marcha ao ar livre, uma vez que o sol estimula a produção de vitamina D, «um fator importante na absorção de cálcio».

Estudos efetuados mostram um aumento de massa óssea de 2,6% ao fim de um ano em mulheres pós-menopáusicas. O exercício em pessoas novas também é muito benéfico para a prevenção da osteoporose, sobretudo para obter um bom capital ósseo antes dos 35 anos.