As terapias de sexologia são frequentadas «por pacientes que têm um problema e acham que uma terceira pessoa pode funcionar como moderadora, ou porque vêm indicadas por um colega de outra área», afirma Marta Crawford, sexóloga.

«As pessoas vêm sempre com alguma reserva, mas a conversa é tranquila e percebem que não há que ter medo», assegura a especialista.

A ideia inicial, descreve, a autora de «Sexo sem tabus» e «Viver o sexo com prazer - Guia da sexualidade feminina», editados por A Esfera dos Livros, «é perceber o que as traz à consulta, tentar saber um pouco sobre a vida da pessoa ou do casal, o relacionamento atual, o que foi antes, a relação com a família. Há pessoas que mantêm segredos e só à quinta sessão é que revelam algo que pode até ser fundamental».

Marta Crawford afirma que «uma terapia sexual dura entre seis a sete sessões, com consultas quinzenais». Durante a terapia, são feitas sugestões de como o casal deve funcionar. «A descoberta do mais sensorial para o mais sexual». No final, «os pacientes adotam comportamentos satisfatórios que alimentam a relação sexualizada, de carinho e de afeto».

«A sexualidade é como a paleta de cores do pintor. Ele nunca usa uma
só cor ou diz que uma é melhor do que a outra. Há uma série de
comportamentos (sexo vaginal, oral, massagens, estimulação) e todos
devem ser válidos», lembra a sexóloga.

A quem se destina

As terapias de sexologia destinam-se a casais ou pessoas individuais que pretendam melhorar ou ultrapassar problemas de desempenho ou relacionamento sexual.

Texto: Fátima Lopes Cardoso com Marta Crawford (sexóloga)