Investigadores canadianos descobriram uma potencial ligação biológica entre stresse muito intenso e o aumento do risco de desenvolvimento do cancro da mama. De acordo com os especialistas, mulheres muito sujeitas a situações de ansiedade, de sofrimento e de pressão correm maiores riscos de vir a desenvolver esta patologia.

É uma doença traidora. Apesar dos avanços das últimas décadas, esta doença continua a matar e a atingir mulheres de todas as idades um pouco por todo o mundo. Esteja, por isso, naturalmente atenta aos conselhos de Nuno Abecasis, cirurgião oncológico do IPO de Lisboa e responsável pela equipa médica da Associação Portuguesa de Apoio às Mulheres com Cancro da Mama (APAMCM):

Em que circunstâncias se torna mais fácil vencer o cancro da mama?

A cura da doença é tanto mais provável quanto mais precocemente for identificada. Os principais fatores prognósticos são as dimensões do tumor primário, a existência ou não de disseminação da doença pelos gânglios linfáticos que drenam o órgão e por outros órgãos à distância.

Quais as razões que levam 40 por cento das pessoas convocadas para os rastreios a não realizarem o exame?

As causas psicológicas, onde se inclui o medo e a negação, acontecem mas não são exclusivas. A existência de outras doenças na própria ou familiares próximos, as condições de trabalho, a migração, por exemplo, são razões possíveis. A própria experiência passada da mulher nas suas relações com os serviços de saúde pode justificar a atitude de recusa do rastreio.

Que conselhos de prevenção deixa às mulheres?

Submeterem-se ao auto-exame mamário mensal, que deve ser feito desde a adolescência, e a mamografia regular entre os 40 e os 75 anos. A grande maioria das mulheres a quem é feito o diagnóstico de carcinoma da mama fica curada.

A influência da soja

Na China e no Japão, onde a soja é protagonista da alimentação, os índices de incidência do cancro da mama são inferiores aos países do Ocidente.

Texto: Fátima Lopes Cardoso