A atrofia genital surge como consequência da falta de estrogénios e manifesta-se através de sintomas como a secura e perda de elasticidade vaginal.

Estes sintomas são responsáveis por dor (dispareunia) ou por sangramento durante as relações sexuais (dispareunia) e pela possibilidade de surgirem infeções urinárias de repetição.

Para controlar este problema que surge geralmente após a menopausa, siga os seguintes conselhos:

Use lubrificantes

«As relações sexuais regulares ajudam a manter o tecido vaginal forte e bem vascularizado, mas algumas mulheres sentem desconforto devido à secura vaginal, daí a importância dos lubrificantes», salienta o urologista Nuno Monteiro Pereira.

«Há muitos lubrificantes de venda livre, nomeadamente em gel, que por vezes secam exageradamente a mucosa, mas só se identifica usando. Experimente e, se notar dor ou desconforto apesar da lubrificação, procure um ginecologista, que  lhe receitará cremes de melhor qualidade», aconselha o urologista.

Aplique cremes hormonais

«Cremes com  pequenas doses
de estrogénios não dão complicações sistémicas, mesmo em  mulheres
aconselhadas a não fazer terapêutica de substituição hormonal», refere Nuno Monteiro Pereira.

«Ajudam
a hidratar, a manter a lubrificação e, sobretudo, favorecem uma maior
espessura da parede vaginal, com grandes vantagens para a atividade
sexual e autoestima», refere ainda este especialista em urologia.

A progesterona «é
importante para manter níveis suficientes das outras hormonas e ter
prazer sexual ótimo». «Além disso, ajuda a estabilizar o humor e a normalizar a
função da tiroide», informa o site de Christiane Northrup. Os cremes hormonais devem ser aplicados regularmente, mesmo que tenha relações sexuais com pouca 
frequência, já que além da lubrificação momentânea, se pretende melhorar
a  qualidade da mucosa da vagina», recomenda o urologista. «Os
cremes hormonais estão sujeitos a receita médica, mas há vários de base
fitoestrogénica que são igualmente eficazes, embora demorem mais tempo
a  atuar», afirma Nuno Monteiro Pereira.

Texto: Rita Miguel com Nuno Monteiro Pereira (urologista)