Ao mesmo tempo, apesar da enorme quantidade de investigações que estão atualmente em curso em todo o mundo, é muito pouco provável que uma vacina contra o vírus da imunodeficiência humana (VIH) possa ser produzida nos próximos anos.
Esta dificuldade deve-se, em grande parte, à capacidade do vírus em se modificar com muita rapidez. Assim, a prevenção é presentemente a única defesa com que podemos contar contra o VIH. E o método fundamental de defesa é evitar comportamentos de risco.
Na verdade, qualquer pessoa pode contrair a doença se não evitar todas as situações em que o contágio normalmente acontece. De facto, é aquilo que fazemos que nos coloca em risco. Por esta razão, a prática de sexo em segurança é extremamente importante para evitar a infeção pelo VIH, assim como outras doenças igualmente transmissíveis por via sexual e que podem ter sérias consequências.
Perigos esquecidos
Embora as relações sexuais sejam a principal forma de infeção por VIH, não são a única. As crianças podem nascer com o vírus se a mãe estiver infetada. O VIH pode igualmente ser transmitido aos bebés através do leite de mães infetadas. Existem também vários casos conhecidos, noutros países, de contágio em resultado de inseminação artificial, ficando as mulheres infetadas por intermédio de sémen contaminado. O VIH pode também ser transmitido por meio de sangue ou de produtos sanguíneos contaminados, o que transformou os hemofílicos num grupo de alto risco.
Para além destes casos, deve ainda considerar-se como situações de risco todas aquelas que envolvam atividades que rasgam ou atravessam a pele, a não ser que existam todas as garantias de que os instrumentos usados se encontram totalmente esterilizados. Estas situações incluem as tatuagens, a perfuração das orelhas ou de outras partes do corpo e a acupunctura.
É preferível saber!
Submeter-se a um teste é crucial quando se atravessou situações de risco sem precauções. Uma pessoa cujos testes se mostrem positivos pode ser tratada com medicamentos que retardam a aparição do SIDA. O conhecimento de que se está infetado é também a única forma de contribuir para evitar que o vírus se expanda na sociedade, abstendo-se de qualquer comportamento que possa colocar alguém em risco.
A decisão de se submeter a um teste é, compreensivelmente, muito difícil. As pessoas que se imaginam em perigo deverão aconselhar-se com membros da família, amigos chegados ou um médico. O que não deverão fazer é continuar como se nada tivesse acontecido e colocando assim outras pessoas em perigo.
Saiba proteger-se
Uma relação sexual desprotegida com alguém que não ofereça todas as garantias de segurança não deverá ser praticada. Lembre-se que as coisas más não acontecem apenas aos outros. Algumas linhas gerais para um sexo seguro implicam:
- Usar um preservativo de látex sempre que tenha relações sexuais, a não ser que se trate de uma relação monogâmica na qual ambos os parceiros tenham recebido testes negativos da VIH há seis meses ou mais.
- Verificar se o preservativo está rasgado.
- Cobrir o pénis ereto com o preservativo antes de qualquer contacto.
- Manter o preservativo até terminar o ato sexual.
- Não usar preservativos que não sejam de látex, pois apenas estes oferecem a proteção conveniente
- Evitar o sexo anal com ou sem preservativo. O sexo anal aumenta a possibilidade de fendas, o que faz aumentar a possibilidade de o VIH passar para o sistema sanguíneo.
- Se necessário, usar lubrificantes durante o ato, desde que não utilize produtos à base de petróleo, que podem enfraquecer a barreira de látex e reduzir a proteção oferecida pelo preservativo.
- A transmissão por meio do sexo oral é possível e o risco é muito acrescido quando o sémen é ejaculado na boca ou engolido.
- Usar um espermicida juntamente com o preservativo de látex para ajudar a evitar a infeção no caso do preservativo se romper.
Se tiver dúvidas não arrisque. Evite qualquer relação sexual com quem quer que seja que não conheça ou em que não confie, por muito que pareça simpático e saudável.
É também recomendável evitar o sexo com alguém que:
- Use drogas intravenosas ou alguém que tenha praticado sexo com utilizadores de drogas intravenosas.
- Pratique sexo anal.
- Tenha numerosos parceiros sexuais e não tenha efetuado um teste de despistagem do VIH.
- Sofra de herpes genital, sífilis, gonorreia ou evidencie uma ferida genital ou oral.
- Pratique sexo com prostitutas ou prostitutos.
Se lhe ocorreu ter praticado relações sexuais nestas condições, faça imediatamente um teste de despistagem do VIH. O teste deve ser repetido seis meses mais tarde e novamente em períodos de três a seis meses enquanto se mantiver o risco. O teste pode ser feito em locais próprios e que preservam o anonimato.
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