O jornal norte-americano US News & World Report pediu a um grupo de 22 especialistas em áreas como nutrição, diabetes, saúde cardiovascular, gestão do peso e comportamento que respondessem a esta questão.

No total, o painel analisou 29 dietas populares, em sete categorias, (como a melhor dieta para o coração, para emagrecer ou a mais fácil de por em prática, entre outras categorias).

Para chegarem a uma conclusão, tiveram em conta critérios como os benefícios para a saúde a longo prazo, a facilidade de execução, a riqueza nutricional, a perda ou a manutenção de peso e a prevenção de doenças cardiovasculares. A dieta mediterrânica ficou em terceiro lugar, ex aequo com a Dieta da Mayo Clinic e o modelo dietético da empresa Weight Watchers.

Este padrão alimentar que serve de base à gastronomia dos países de cultura mediterrânica, incluindo a portuguesa, concentra numa pirâmide alimentar princípios como a redução do consumo de gorduras saturadas, açúcar e carne vermelha e a ingestão diária de fruta, verduras, ervas aromáticas, sementes, cereais e gorduras saudáveis, como o azeite. O resultado é, segundo a Universidade de Harvard, «a composição de um dos planos alimentares mais saudáveis e equilibrados do mundo».

Ponto positivo

«A riqueza de sabores e aromas» é apontada pela nutricionista Alva Seixas Martins como um dos pontos fortes desta dieta. «O uso do azeite como gordura principal, o protagonismo dos vegetais, a ingestão de cereais pouco refinados, como a massa e o arroz, e o consumo moderado de vinho», como sublinha a especialista, resultam num padrão alimentar variado, saudável e pouco restritivo.

Ponto negativo

Outras culturas poderão ter «dificuldade em aderir às elevadas quantidades de hortaliças e vegetais, dado o trabalho que envolve a sua preparação, e a limitação do consumo de carne vermelha a algumas vezes por mês», refere Alva Seixas Martins.

Texto: Nelma Viana com Alva Seixas Martins (nutricionista)