Alimentos naturalmente isentos de glúten incluem carne, peixe, ovos, fruta, vegetais, produtos lácteos, feijões, batatas, arroz, milho, quinoa e trigo sarraceno. A variedade de produtos alimentares substitutos fabricados especialmente sem glúten, como pão, farinha, massa e bolachas, tem aumentado nos últimos anos e está disponível sob receita médica em alguns países.

Pode ocorrer ingestão de glúten inadvertidamente, por exemplo, devido a contaminação cruzada. Os alimentos sem glúten devem por isso ser preparados com utensílios separados (uma torradeira, por exemplo). Os celíacos demonstram diferentes graus de sensibilidade ao glúten.

Tem havido alguma confusão quanto à aveia ser ou não incluída numa dieta sem glúten. Na moagem, a aveia entra muitas vezes em contacto com trigo, centeio ou cevada. A aveia pura, não contaminada e etiquetada como “sem glúten” é considerada segura pela maioria. Contudo, uma pequena percentagem de pessoas pode ter uma resposta imune à avenina, uma proteína contida na aveia semelhante ao glúten. Quem acabar de ter sido diagnosticado como celíaco deve evitar aveia até a doença estar bem controlada por uma dieta sem glúten, altura em que a aveia pode ser introduzida gradualmente enquanto se monitorizam possíveis efeitos adversos.

Um dietista qualificado pode ajudar a garantir que a dieta é equilibrada e contém suficiente fibra e micronutrientes como cálcio. Também as associações nacionais e europeias envolvidas com a doença podem dar apoio a quem sofre deste problema.

Etiquetagem alimentar

Se um ingrediente usado na produção alimentar contém glúten, então o glúten deve ser mencionado no rótulo. As regras para a etiquetagem requerem que, até 2014, todas os cereais com glúten sejam destacados na lista de ingredientes. Esta regra é extensível a alimentos não embalados vendidos separadamente, por exemplo em restaurantes. Alimentos considerados sem glúten não devem conter mais de 20 mg de glúten por kg. Produtos especializados contendo entre 20 e 100 mg de glúten por kg podem ser rotulados de “muito baixo glúten”. Os produtores devem implementar procedimentos para prevenir a contaminação cruzada. Um símbolo com grãos cruzados, reconhecido mundialmente pelas pessoas com doença celíaca, está disponível para os fabricantes e retalhistas, para ajudarem os consumidores a escolher produtos seguros.

 

Prevenção e novas terapias

Um estudo recente sugere que a introdução gradual de alimentos com glúten na dieta da criança, entre os quatro e os sete meses de idade, enquanto ainda está a ser alimentada com leite materno, pode ajudar a proteger contra o desenvolvimento ou a adiar o aparecimento da doença. Novas terapias estão a ser pesquisadas para que no futuro seja mais fácil viver sem glúten, incluindo alterações genéticas no trigo para remover o glúten e drogas e vacinas que previnam os danos do glúten sobre o intestino.

 

Association of European Coeliac Societies

 

Fonte: EUFIC (adaptado)