Em comunicado, a Zero aponta que a diretiva sobre a qualidade do ar na Europa tem “mais de uma década” e decorre de “um compromisso político ultrapassado, que não reflete as recomendações atuais da ciência” em que se baseia a OMS, que está também a rever as suas orientações.
A Zero afirma que os cidadãos andam muitas vezes enganados a pensar que “quando os limites [da UE] são cumpridos, respiram um ar limpo e seguro” quando na verdade “os limites são demasiado elevados, acima dos limites de segurança”.
“À luz dos valores da OMS, três quartos dos cidadãos europeus que vivem em cidades respiram um ar perigosamente poluído”, refere a associação, indicando que no caso das concentrações anuais de partículas, “os valores adotados na UE são o dobro do que a OMS recomenda”.
Pede também que sejam acrescentados à lista de poluentes atmosféricos substâncias como “o mercúrio, o carbono preto, as partículas ultrafinas e o amoníaco”, para que as suas concentrações no ar também sejam monitorizadas.
Os valores devem ser “urgentemente revistos em baixa” porque a má qualidade do ar europeu provoca “400.000 mortes prematuras e custa centenas de milhares de milhões de euros” anualmente.
No caso português, os custos de saúde anualmente associados à má qualidade do ar chegam a 1.400 milhões de euros.
Aos deputados portugueses no Parlamento Europeu, a Zero pede que contribuam para “um processo legislativo célere que corresponda à urgência do momento” e leve a uma convergência com o Pacto Ecológico Europeu.
Na quarta e quinta-feira, o plenário do Parlamento Europeu irá debater e rever as diretivas da qualidade do ar ambiente na União.
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