As vendas de veículos utilitários desportivos, ‘minivans’ e ‘sedans’ no maior mercado automóvel do mundo caíram para 224.000 unidades, segundo a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis.
Concessionárias de automóveis, cinemas e outras empresas dependentes do consumo foram obrigadas a permanecer fechadas após as férias do Ano Novo Lunar, visando conter a propagação do novo coronavírus, que fez mais de 3.100 mortos no país asiático.
As vendas “caíram acentuadamente devido ao forte impacto do surto”, admitiu a Associação, em comunicado.
O Governo está a reduzir as restrições na movimentação de pessoas em muitas áreas visando retomar a atividade económica. Fábricas de automóveis estão a reabrir, mas dezenas de milhões de trabalhadores ainda não conseguiram retornar ao trabalho, devido a medidas de quarentena.
No conjunto dos dois primeiros meses do ano, as vendas do setor automóvel caíram 43,6%, em relação ao mesmo período do ano anterior, e atingiram 1,8 milhão de unidades.
Em 2019, as vendas de automóveis caíram pelo segundo ano consecutivo na China, à medida que a guerra comercial com Washington e a desaceleração da economia chinesa afetaram a confiança do consumidor.
A queda nas vendas é um golpe para as fabricantes globais, cujo aumento das receitas depende do mercado chinês, face a crescimentos anémicos nos Estados Unidos e na Europa.
A China concentra 27% da produção mundial de automóveis, face a 7% em 2003, quando enfrentou um surto de pneumonia atípica. O encerramento de fábricas no país constitui assim um entrave na cadeia de produção global de componentes automóveis.
Os analistas dizem que levará semanas ou talvez meses até que o setor retome os níveis normais de produção. As montadoras dizem que o ritmo depende da rapidez com que os fornecedores podem retomar a entrega dos componentes.
Reviver a indústria “pode levar mais tempo do que o esperado devido à escassez de mão-de-obra e materiais”, admitiu a consultora Fitch Solutions, num relatório publicado esta semana.
A pandemia de COVID-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.500 mortos em todo o mundo.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a doença COVID-19 como pandemia, uma decisão que justificou com os "níveis alarmantes de propagação e de inação".
A pandemia de COVID-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.500 mortos em todo o mundo.
O número de infetados ultrapassou as 124 mil pessoas, com casos registados em 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados.
A Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 12.000 infetados e pelo menos 827 mortos, o que levou o Governo a decretar a quarentena em todo o país.
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