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Variação genética comum existe em sete por cento da população mundial
7 de fevereiro de 2013 - 12h44
Uma variação genética duplica o risco de calcificação da válvula aórtica, uma doença cardíaca comum, indica um estudo internacional, que estabelece pela primeira vez a ligação com o depósito de cálcio nessa zona do coração.
A calcificação, se for significativa, pode provocar um estreitamento ou um bloqueio da válvula aórtica denominado estenose.
“Trata-se de um avanço importante na compreensão da biologia do desenvolvimento desta doença e de como esta variação genética comum, encontrada em sete por cento da população, contribui para o risco”, explica Wendy Post, cardiologista e professora de medicina na Universidade Johns Hopkins, a principal autora do estudo.
Os fatores de risco não genéticos para a calcificação da válvula aórtica são a idade, a hipertensão arterial, a obesidade, o nível elevado de colesterol e o tabaco. Os homens têm um risco mais elevados do que as mulheres.
Os investigadores, cujo estudo foi divulgado esta quinta-feira no New England Journal of Medicine, analisaram 2,5 milhões de variantes genéticas em mais de 6.900 pessoas de origem europeia. Determinaram que uma variação no gene LPA, que codifica a produção de um tipo de partícula de colesterol designada lipoproteína, está “fortemente ligada” à calcificação da válvula aórtica.
A lipoproteína é uma partícula de colesterol que circula no sangue e aumenta o risco de enfarte do miocárdio.
“Os nossos resultados fornecem a primeira prova da ligação de causa e efeito entre a lipoproteína e a calcificação da válvula aórtica”, assinalou a cardiologista Catherine Campbell.
A estenose aórtica pode causar dor no peito, falta de ar e perda de consciência. Nos casos mais graves, substitui-se a válvula aórtica.
SAPO Saúde com agências
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