Forrar o assento da sanita de papel higiénico ou cobri-lo com um plástico são, afinal, técnicas absolutamente em vão. Fazer acrobacias (difíceis demais de descrever) para tentar não tocar no assento da sanita de uma casa de banho pública também não valem o esforço.

"Porque os tampos das sanitas não são agentes de transmissão de doenças infeciosas", assegura William Schaffner, especialista no tema e professor de Medicina Preventiva no Vanderbilt University Medical Center, citado pelo jornal norte-americano Huffington Post.

De acordo com este investigador, não há qualquer fundamento nas teorias segundo as quais é possível apanhar doenças sexualmente transmissíveis ou gastrointestinais apenas por entrar em contacto com o assento de uma sanita de uma casa de banho pública.

Pele das nádegas é barreira protetora

O médico salienta que existem milhares de outras bactérias, como as várias E.coli e o streptococcus, nos assentos das sanitas. A maioria inofensivas. Porém, a pele que fica em contacto com estes agentes serve de barreira protetora.

Há, sim, outras regras mais úteis no que toca à higiene quando usa uma casa-de-banho: lavar e esfregar sempre as mãos em água, durante cerca de 20 segundos, antes e depois de a utilizar. Isto sim, vai protegê-lo de outras doenças.

"Lavar as mãos com sabão é uma das vacinas mais baratas e eficazes contra doenças virais, desde a gripe sazonal, à constipação mais comum," comentoy Sanjay Wijesekera, responsável dos programas de água, saneamento e higiene da Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).