Citando um relatório do Comité de Avaliação de Riscos da Agência, conclui-se que não “há um nexo de causalidade” entre as vacinas e o desenvolvimento da síndrome de dor regional complexa ou síndrome de taquicardia.
A vacina é comercializada em Portugal desde 2006 e, nos primeiros três anos, foram notificados 21 casos de reações adversas, de acordo com a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), que considerou que o benefício da vacina era claramente superior ao risco.
Diz a Agência Europeia que as vacinas contra o HPV são dadas a jovens mulheres para as proteger do cancro cervical e de outras doenças provocadas pelo HPV, assim como de condições pré-cancerosas.
Vacinas sem contraindicações
E acrescenta que, com estas conclusões, “não há razão para mudar a forma como as vacinas são usadas ou alterar as informações sobre o produto”.
A Agência Europeia diz depois que, quer a síndrome de dor, quer a alteração da frequência cardíaca são situações que podem acontecer na generalidade da população, incluindo adolescentes, independentemente da vacinação.
O Comité, diz-se ainda no comunicado, reviu os dados existentes, as informações sobre os ensaios clínicos e os relatórios sobre casos suspeitos de efeitos secundários em pacientes e em profissionais de saúde. Analisou também dados fornecidos pelos Estados-membros e consultou especialistas e grupos de pacientes.
Estima-se, no comunicado, que os dois sintomas descritos (dor ou taquicardia) surgem em 150 jovens mulheres por cada milhão de habitantes, em cada ano.
E não foi encontrada nenhuma evidência de que estas taxas sejam diferentes em raparigas vacinadas.
Mais de 80 milhões de jovens mulheres já receberam a vacina, com uma taxa de cobertura da população alvo na ordem dos 90 por cento, em alguns países da União Europeia.
O cancro do colo do útero é responsável por “dezenas de milhar de mortes na Europa todos os anos”, diz-se no comunicado, que acrescenta: “Os benefícios das vacinas contra o HPV continuam portanto a ser superiores aos riscos. A segurança destas vacinas, bem como de todos os medicamentos, continuará a ser cuidadosamente monitorizada”.
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