A vacina desenvolvida pelo laboratório público Sinopharm em parceria com o China National Biotec Group (CNBG) tem uma taxa de eficácia de 79%, anunciou na semana passada o grupo farmacêutico, pouco antes de receber uma aprovação "condicional" para a comercialização.

"A atual mutação do vírus da COBID-19 não faz com que a vacina seja ineficaz", disse o presidente do CNBG, Yang Xiaoming, à imprensa estatal.

Pequim anunciou na quinta-feira que detetou a nova variante de origem britânica em um estudante que regressava do Reino Unido. Em 24 de dezembro, a China já tinha ordenado a suspensão dos seus voos com este país.

As autoridades chinesas tentam acelerar a vacinação antes da grande migração do Ano Novo lunar, que acontecerá a 12 de fevereiro.

A festa geralmente provoca o maior movimento de migração do mundo, quando centenas de milhões de trabalhadores deixam as grandes metrópoles para regressar às suas cidades de origem.

Em Xangai, os profissionais de saúde receberam uma injeção esta semana. Mas ao contrário da Europa, os idosos não estão entre os grupos prioritários para a vacinação e os fármacos estão reservados para pessoas com idades entre os 18 e 59 anos.

Segundo o jornal Global Times, poucas pessoas idosas foram incluídas nos testes clínicos da vacina, o que explica "o recurso prudente da vacinação para pessoas mais velhas".

Sem aguardar a aprovação oficial das autoridades médicas, a China, onde a covid-19 apareceu pela primeira vez há pouco mais de um ano, começou a vacinar milhões de pessoas em caráter emergencial no ano passado, incluindo profissionais da saúde, estudantes que viajariam ao estrangeiro e diplomatas.

Nos últimos meses foram administradas pelo menos 4,5 milhões de doses, anunciaram as autoridades na semana passada.

Embora o país tenha erradicado em grande medida a epidemia, na segunda-feira e terça-feira foram registados 33 novos casos em 24 horas, o maior número em quase dois meses.